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14/06/2016 - 14h25min

Crise do milho é tema de Fórum que debate produção e abastecimento do grão

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Evento reuniu autoridades e representantes da agroindústria na Fiesc, em Florianópolis

A crise do milho no estado foi o foco do debate do Fórum Catarinense do Agronegócio, realizado na manhã desta terça-feira (14), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis. O evento discutiu a produção e o abastecimento na busca de soluções para a escassez do grão que é um insumo essencial para a agroindústria.

Como destacou o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, Santa Catarina é hoje o maior produtor de suínos do país, o segundo em produção de aves e o quinto maior produtor de leite e alimentos com valor agregado. Apesar da posição de destaque da agroindústria catarinense, o estado tem um produção estimada em 3 milhões de toneladas de milho enquanto o consumo é de 6 milhões de toneladas. Esse déficit, aliado a alta na cotação internacional da saca, tem gerado o desabastecimento e inviabilizado o valor do grão para os produtores de aves e suínos.

Para o presidente da Fiesc, o empresário Glauco José Côrte, parte da solução do problema passa pela redução do desperdício. "A estimativa de perdas em relação à produção de alimentos chega a mais de 30% das colheitas", frisou. Concomitantemente, para Côrte, a solução a longo prazo será investir para aumentar a produtividade do milho, aliado à melhoria da logística. O presidente destacou importância do debate como mecanismo de sensibilização para medidas que devem ser tomadas para a valorização deste importante setor econômico para o estado.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, apontou o preço do grão como a origem da crise do milho. "Nós estamos aí com um problema imprevisível. O que temos que fazer agora é levar ao governo brasileiro a seguinte indagação: Queremos exportar commodities ou queremos ser exportadores de produtos com valor agregado?." Para sustentar sua afirmação e demonstrar o valor da agroindústria, Turra comparou o total das exportações do setor, que alcançaram US$ 8 bilhões em 2015, com o valor de US$ 1,8 bilhão caso os insumos que foram utilizados para alimentar os animais tivessem sido exportados. Nesta situação o prejuízo seria de mais de US$ 6 bilhões.

Os resultados do agronegócio, segundo o governador Raimundo Colombo, têm feito uma grande diferença na balança comercial brasileira. "O país têm sobrevivido em torno deste setor. É esse sucesso que tem permitido enfrentarmos a mais grave crise da nossa história. Nosso PIB hoje é menor que em 2010, nestes seis anos nós retrocedemos na economia. A crise só não é muito pior pela resistência e pela capacidade empreendedora do agronegócio", enalteceu o governador.

Colombo também apontou a logística como outro gargalo que deve ser corrigido para que as indústrias ganhem em competitividade. "O custo do frete praticamente inviabiliza o negócio, por isso que praticamos uma política de incentivos fiscais muito grande para manter as indústrias e o nosso modelo de agricultura familiar." O governador espera que o Fórum traga alternativas que amenizem a situação.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gelson Merisio (PSD), afirmou que o debate aprimora a questão fiscal na relação do estado com os produtores. "Estes encontros constroem saídas para que nós possamos interferir. A crise do milho é grave e afeta todo o setor produtivo, especialmente o setor de proteína animal, que são nossas agroindústrias e, por isso, encontrar uma solução é também encontrar um caminho para Santa Catarina", disse.

Como presidente do Fórum Catarinense do Agronegócio da Alesc, o deputado Natalino Lázare (PR), acredita que o caminho mais curto para se fazer justiça social é o desenvolvimento econômico. "Esse fórum trata exatamente disso, de melhorar as condições de vida, de melhorar a renda, de melhorar a vida das pessoas através do investimento no agronegócio e na produção." Para o parlamentar, é isto que país deve fazer como alternativa à crise política e econômica instaladas.

Organizado pelo Canal Rural, o Fórum tem o apoio da Fiesc, da Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, da Organização das Cooperativas Agropecuárias de SC (Ocesc), da Fecoagro-SC e da Assembleia Legislativa. O apoio institucional foi da Federação da Agricultura do Estado (Faesc), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e Sindicato das Indústrias de Carne do Estado de SC (Sindicarne).

Giovanni Kalabaide
Agência AL

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