Credenciamento do HRO como hospital-escola depende de mobilização
O credenciamento do Hospital Regional do Oeste (HRO) como hospital-escola depende de mobilização politica. Esta foi a conclusão dos debates da audiência pública da Comissão de Legislação Participativa (CLP) da Alesc, realizada nessa segunda-feira (27), no Centro de Eventos de Chapecó.
“Temos de intensificar a atuação parlamentar para buscar resolutividade, nossos senadores, deputados federais, temos de movimentar todos eles para que possamos buscar esse credenciamento”, afirmou Cesar Valduga (PCdoB), propositor da audiência e presidente da CLP.
“O momento é de pressão, vamos nos associar para trabalhar ainda mais, porque falta uma decisão política. No Ministério da Saúde foi feita esta articulação e a ação aconteceu de forma rápida, no Ministério da Educação precisamos fazer o mesmo”, assentiu Altair Silva (PP).
Jaime Giolo, reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), concordou com o diagnóstico e propôs que a Assembleia Legislativa participe do esforço comum.
“Que a Assembleia faça um documento consistente relatando esta audiência e encaminhe aos dois ministérios solicitando rapidez, será uma força importante que vai se juntar às outras iniciativas que estão sendo ou já foram feitas”, sugeriu o reitor da UFFS.
Cláudio Jacoski, reitor da UnoChapecó, lembrou a situação econômica do país e projetou benefícios para o município com o credenciamento do HRO.
“Falta apenas uma certificação, mas como vai envolver recursos públicos, precisamos de um encadeamento entre todas as organizações interessadas, porque assim que conseguirmos dar este passo, Chapecó vai se transformar em uma cidade muito forte na área da saúde”, previu o reitor da UnoChapecó.
Pressão dos alunos
Anderson Funai, professor da UFFS, reconheceu que todos os procedimentos técnicos foram realizados e que agora o credenciamento depende da pressão política, inclusive dos alunos.
“Aqui só tem estudante de enfermagem da UFFS”, constatou o professor, que cobrou a participação dos alunos das três universidades e concluiu que chegou a hora de “começar a fazer movimentos visíveis”.
Tatiane de Souza, aluna 10ª fase de Enfermagem da UFFS, apoiou a sugestão de envolver mais os estudantes.
“O protagonismo estudantil é importante, uma ideia é fazer um debate dentro das instituições, muitos estudantes não estão aqui porque estão em aula, se ampliar o debate dentro das universidades, a participação será maior”, declarou Tatiane.
A situação atual
Segundo a superintendente de Planejamento e Gestão do SUS, da Secretaria de Estado da saúde (SES), Grace Ella Berenhauser, além da burocracia, as mudanças geradas pelo impeachment dificultam o credenciamento.
“A certificação de ensino está passando por uma reestruturação, as visitas estão temporariamente suspensas e serão retomadas após a reelaboração do instrumento de certificação. A nova comissão de certificadores já foi formada e eles estão construindo o novo instrumento”, informou Grace, citando e-mail que a SES recebeu do Ministério da Saúde no último dia 23.
Participação cidadã
Participaram da audiência pública estudantes, professores, representantes da União Catarinense de Estudantes (UCE), da Udesc, da Agência Regional de Desenvolvimento local e do Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira, popularmente conhecido como Hospital Regional do Oeste, de Chapecó.
Agência AL