CPI dos Medicamentos ouve representante dos trabalhadores em transporte
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Santa Catarina, João José de Borba, afirmou aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga a falsificação de medicamentos no estado que desconhece detalhes sobre o transporte de remédios e outros produtos farmacêuticos em Santa Catarina. Borba foi ouvido pelos deputados durante a reunião da CPI, realizada na tarde desta terça-feira (7).
O dirigente explicou que a atuação da federação se restringe à preocupação com as condições de trabalho dos motoristas e demais empregados do setor de transportes. O conteúdo das cargas transportadas, embora de conhecimento do motorista, é de preocupação dos sindicatos ligados às transportadoras, conforme reiterou Borba em várias ocasiões. “Nós não nos preocupamos com cargas, só com os motoristas”, resumiu.
Sobre o uso de estimulantes por caminhoneiros, o sindicalista reconheceu que o problema existe, mas desconhece onde esses produtos são vendidos. “Como presidente da federação, eu não estou em contato direto com o motorista. Quem pode dar essa informação é o sindicato da base”, disse Borba, referindo-se às 21 entidades sindicais trabalhistas que atuam pelo estado.
Apesar da insistência do relator, deputado Fernando Coruja (PMDB), do presidente da CPI, Dr. Vicente Caropreso (PSDB), e dos demais membros da comissão presentes, Dalmo Claro (PMDB) e Neodi Saretta (PT), o presidente da federação reiterou seu desconhecimento sobre o assunto. Sobre roubo de cargas, Borba afirmou que só tinha conhecimento dos casos pela televisão. Coruja chegou a dizer que o depoente parecia estar “fugindo do assunto”.
O outro depoimento marcado para esta terça, do presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais de Santa Catarina, Flávio Araújo, foi adiado para 21 de junho, a pedido do depoente. Ainda na reunião desta tarde, os membros da CPI aprovaram a convocação da Direção Regional dos Correios em Santa Catarina para depoimento.
Agência AL