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Coren/SC lança pesquisa sobre perfil profissional durante seminário
O Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC) realiza hoje, no Plenarinho Paulo Stuart Wright da Assembleia Legislativa, seminário interno para debater o papel dos conselhos profissionais. Durante o evento será lançada a pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz), por iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), com apoio dos conselhos regionais. O levantamento inédito abrangeu 1,8 milhão de profissionais.
O seminário é um dos eventos de educação permanente de conselheiros e empregados do Coren/SC, conforme explicou a presidente, Helga Bresciani. Na abertura, o presidente do Cofen, Manoel Carlos Néri da Silva, falou sobre o papel dos conselhos profissionais, instituídos pela Lei 5,905/1973, que criou o Sistema Cofen/conselhos regionais. Entre as atribuições, os conselhos atuam na habilitação ao exercício profissional, fiscalização, normatização, orientação, proteção da sociedade, tribunal de ética e representação da profissão.
Sobre a pesquisa que levantou o perfil dos profissionais da enfermagem, o presidente do Cofen disse que o estudo revelou “um quadro dramático, uma profissão que precisa de cuidado”. Os profissionais da enfermagem representam 50% do contingente de trabalhadores na área da saúde. Baixos salários, condições de trabalho ruins e jornadas extenuantes são uma realidade comum em todos os estados, conforme Silva.
Justificada pela necessidade de conhecer melhor a profissão em todo o país e entender o funcionamento interno, a pesquisa foi realizada em 50% dos municípios brasileiros e em todos os 27 estados da federação, incluindo tanto profissionais em início de carreira (auxiliares e técnicos), quanto enfermeiros e aposentados. “Com esses dados, teremos condições de formular políticas públicas para melhorar o exercício profissional”, argumentou o presidente do conselho.
A enfermagem em SC
Mais de 50 mil profissionais participaram da pesquisa em Santa Catarina. A enfermagem é composta, no estado, por um quadro de 77,2% de técnicos e auxiliares e 22,8% de enfermeiros. No quesito mercado de trabalho, 48,3% atuam no setor público; 40,1% no setor privado; 27,3% em unidades filantrópicas e 7,9% em atividades de ensino. Os profissionais que declararam desgaste somam 67,5% em Santa Catarina.
A profissão é predominantemente feminina no estado, sendo composta por 87,7% de mulheres. O percentual de homens, de 11,5% em Santa Catarina, está abaixo da média nacional, que é de 14,4%. A pesquisa demonstrou, conforme o presidente do Cofen, uma tendência à masculinização da categoria. Silva destacou que tem havido aumento do contingente masculino na profissão desde a década de 1990. “A enfermagem sempre foi predominantemente feminina por que o cuidar é atribuído naturalmente às mulheres, mas isso está mudando”, disse.
Agência AL
