18/10/2009 - 15h35min
CooperSorvet divulga marca no Espaço Tecnoagro Familiar da Efapi
Um dos estandes que mais recebe visitantes na Tecnoagro Familiar, na Efapi 2009, é a CooperSorvet, uma cooperativa formada por 21 produtores artesanais de sorvetes e picolés. A organização foi necessária para que fosse possível atender às exigências da legislação federal, conforme explicou a técnica responsável pela produção, Roseli Malinski. “A vigilância sanitária ameaçava fechar nossas fábricas porque tínhamos que cumprir a lei, que obrigou à pasteurização de gelados comestíveis como forma de evitar a contaminação microbiológica.”
Como não tinham recursos para investir individualmente, os produtores artesanais se organizaram e, com capital próprio, compraram a pasteurizadora (R$ 22 mil), adequaram um espaço para o fluxo de produção, desde o recebimento da matéria-prima até a expedição (R$ 10 mil), e adquiriram a máquina produtora (R$ 22 mil), onde são misturadas a calda base e o sabor para congelamento sob agitação. Com o sucesso do empreendimento, recentemente compraram também uma picoleteira (R$ 12 mil) e 10 formas para picolés (R$ 6 mil).
A logomarca - duas bolas de sorvete com carinhas de bebê – e o slogan – “Parte da sua vida” –, foram desenvolvidos pelos alunos do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Celer, sem qualquer custo para os cooperados. Eles recebem apoio também da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), da UnoChapecó, para as áreas de administração, contabilidade, jurídico, relacionamento interpessoal, nutrição e formulação.
Roseli contou que a ITCP está realizando um estudo de mercado para definir os rumos da cooperativa. “Temos algumas alternativas: produzir só para os cooperados revenderem, conquistar outros clientes, abrir loja própria. O caminho dependerá do resultado desse estudo.”
Atualmente a CooperSorvet, associada à Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), produz mensalmente 2 mil litros de sorvetes de 27 sabores e 30 mil picolés em seis sabores. Uma pequena parte da produção é vendida a clientes não cooperados. Todo o restante é repassado aos cooperados e a receita, em média R$ 10 mil nos meses de verão, empata com a despesa. “Como cooperativa, não visamos lucro, mas precisamos de capital para investir mais e expandir a produção e a participação no mercado.” (Andréa Leonora/Divulgação Alesc)