18/10/2009 - 13h50min
Cooperativas usam Efapi como vitrine
A Efapi 2009 termina hoje (18) à noite com expectativa de superar a previsão inicial de público – 500 mil visitantes - e negócios – R$ 110 milhões. Foram 10 dias de uma feira que reuniu 650 expositores das mais diversas atividades econômicas e de todos os tamanhos. Entre os gigantes que participaram da 17ª edição da Efapi está a Cooperativa Regional Alfa, ou simplesmente Cooperalfa, um conglomerado que reúne 14,8 mil produtores rurais e atua nos segmentos de grãos (milho, soja, feijão e trigo), carnes (suínos, frangos e bovinos), indústrias para processamento de soja (óleo e farelo) e trigo, duas fábricas de ração, supermercados, farmácias, lojas agropecuárias e postos de combustíveis.
O presidente da Cooperalfa, Romeo Bet, que assumiu o comando da cooperativa há 7 meses, mas compôs o Conselho de Administração por 28 anos, lembrou que a organização tem a mesma idade que a Efapi, 42 anos. “Só não estávamos aqui na primeira edição porque a Cooperalfa foi criada um pouco depois. Mas nossas histórias se cruzam. A Efapi cresce, a Cooperalfa cresce e Chapecó cresce. E queremos que continue assim.”
Atualmente a Cooperalfa tem 1.900 funcionários. Destes, 170 contratados ao longo de 2009, apesar da crise financeira mundial e das intempéries climáticas que têm atingido a região Oeste trazendo prejuízos. A confiança da direção da cooperativa deve-se aos bons números de 2008, registrados apesar da crise começou. O faturamento bruto chegou a R$ 1,66 bilhão, gerando R$ 64 milhões em impostos.
Em poucos dias será inaugurado um supermercado que exigiu investimentos de R$ 15 milhões e ocupa 10 mil m² de área construída. É parte de um complexo de 73 mil m² que abriga os centros administrativos da Cooperalfa e da Maxi Crédito, as indústrias de soja e trigo, o posto de combustível, loja agropecuária, postos de recebimento de cereais, além da planta de processamento e empacotamento de feijão.
Não é só. No distrito de Marechal Bormann, em Chapecó, e nos municípios de Caxambu do Sul e Santiago do Sul estão sendo construídas novas sedes. Em Major Vieira está em fase de implantação um novo posto de recebimento de cereais. “A crise atingiu todos os setores da economia, mas afetou mais fortemente o agronegócio. E isso se reflete nas cooperativas. Mas não podemos parar de investir e de confiar. Se a crise persiste, temos que nos adequar a ela”, ensina.
Aurora
Mário Lanznaster, presidente da Cooperativa Central Oeste Catarinense Aurora, conhecida no mercado pelos produtos da marca Aurora, também elogiou a Efapi. Ele esteve na abertura do evento e avaliou que a feira expõe o que há de mais recente em tecnologia para o campo, desde equipamentos leves até tratores gigantescos. “O que acontece aqui é uma demonstração do que acontece lá fora. Se as vendas são boas é sinal de que o mercado está otimista”, compara.
A Aurora é um dos maiores conglomerados industriais do Brasil e referência mundial na tecnologia de processamento de carnes. Tem 15 cooperativas filiadas, entre elas a Cooperalfa, mais de 70 mil famílias associadas e de 13 mil funcionários. A central tem uma unidade de leite, oito de suínos, três de aves e três fábricas de rações. O abate diário chega a 13 mil suínos e 420 mil frangos. (Andréa Leonora/Divulgação Alesc)