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20/08/2013 - 18h08min

Consórcio propõe uso do monotrilho para resolver problemas de mobilidade

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Coletiva - Floripa em Movimento. Foto: Lucas Gabriel Diniz

A implantação de monotrilho, integrado ao uso de barcos e do sistema de ônibus já existente, é a solução apresentada ao governo estadual pelo Consórcio Floripa em Movimento para os problemas de mobilidade urbana na Grande Florianópolis, em especial no acesso à Ilha de Santa Catarina. Representantes do consórcio estiveram na tarde desta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa onde, a convite do deputado Renato Hinnig (PMDB) e da Comissão de Transportes e de Desenvolvimento Urbano da Casa, apresentaram a proposta, entregue nesta semana ao Poder Executivo.

O consórcio, formado pelos grupos Scomi, MPE e Brasell e pela empresa Quark Soluções em Transporte, participou do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), aberto pelo governo de Santa Catarina neste ano, para a apresentação de projetos que apresentassem soluções para os problemas na ligação continente-ilha. Além do consórcio, o Grupo CCR também apresentou proposta.

O principal objetivo, segundo Karelyn Moreira, coordenadora técnica do projeto, é desafogar o acesso à ilha e o tráfego de veículos na região central de Florianópolis. Para isso, seria construído um monotrilho com três terminais de integração e outras 11 estações para embarque e desembarque de passageiros.

Os terminais de integração seriam instalados a beira mar nos bairros de Barreiros e Kobrasol, em São José, e na Rodoviária Rita Maria, já na ilha. Neles, haveria estacionamentos para veículos particulares. Eles serviriam também de ponto de partida para barcos que fariam a ligação marítima entre o continente e a ilha. O terminal Rita Maria deixaria de receber ônibus interestaduais e intermunicipais, que passariam a utilizar o terminal do Kobrasol, onde seria construído também uma nova rodoviária.

Os estudos feitos pelo consórcio apontam que a economia de tempo para o acesso à ilha chegaria a 76%, quando comparado com o transporte rodoviário. O deslocamento do terminal do Kobrasol ao Rita Maria por monotrilho, por exemplo, seria de 11 minutos. O sistema de monotrilho teria capacidade para transportar 160 mil passageiros/dia, e as barcas, 36 mil pessoas/dia.

“Nossa proposta tem o monotrilho como principal componente do sistema. O transporte marítimo seria complementar, até por exigir menor investimento para implantação, em menor tempo e sem transtornos para o sistema viário”, explicou Karelyn.

Juntamente com o monotrilho, o consórcio propõe a implantação do POD-SIT, sistema que consiste no uso de carros elétricos sem motorista, controlados por uma central de monitoramento e que se deslocam em pistas exclusivas. Esses veículos seriam acessados por terminais instalados no continente e na ilha, também com estacionamento para veículos particulares. O objetivo principal é aliviar o tráfego de veículos na região central de Capital.

Karelyn informou que o impacto urbanístico do sistema será pequeno, uma vez que o monotrilho não demandará a utilização de grandes espaços no solo para sua implantação. “Haverá pouquíssimas desapropriações e os terminais serão construídos em áreas públicas”, disse.

Custos
O Consórcio Floripa em Movimento investiu R$ 6,5 milhões na elaboração da proposta. O custo para a implantação do sistema não foi fornecido, mas, segundo o dirigente do consórcio e especialista em mobilidade, Halan Moreira, a proposta é financeiramente viável e não implicará em aumento de tarifa do transporte urbano para os usuários.

“A proposta do nosso consórcio contempla 14 cidades que estão integradas a Florianópolis. Além de utilizarmos energia limpa, atuando de forma sustentável, não vamos ocupar o solo, já disputado por carros, motos, pedestres e ônibus”, explicou Moreira.

O deputado Reno Caramori (PP), presidente da Comissão de Transportes, recebeu uma cópia da proposta elaborada pelo consórcio. “Trata-se de um trabalho de suma importância, já que temos que encontrar solução para a mobilidade urbana”, disse.

Renato Hinnig afirmou que a proposta, se aceita pelo governo estadual, permitirá que Santa Catarina acesse recursos disponibilizados pela União para a mobilidade urbana. “São R$ 50 bilhões que o governo federal anunciou. O governo de Santa Catarina terá projetos para poder se habilitar a conquistar esses recursos”, disse.

Marcelo Espinoza
Agência AL

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