Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
01/10/2018 - 13h46min

Conselho recomenda debater preparação para o envelhecimento

Imprimir Enviar
Marília Felício, presidente do Conselho Estadual do Idoso (CEI-SC)
FOTO: Solon Soares/Agência AL

Em meio às mobilizações em torno do Dia Internacional do Idoso, celebrado nesta segunda-feira (1º), o Conselho Estadual do Idoso (CEI-SC) fez um balanço das conquistas e desafios relacionados a esta crescente parcela da população catarinense que, conforme a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad 2018), do Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatísticas (IBGE), já chega a cerca de um milhão de pessoas.

Criado no ano de 1990, o CEI-SC é formado por 28 integrantes indicados por órgãos de governo e da sociedade civil, com mandato de dois anos, e tem como objetivo deliberar sobre as políticas de direitos voltadas aos idosos e acompanhar a sua efetivação.

O conselho também recebe denúncias sobre maus-tratos contra idosos – tais como negligências, agressões físicas e psicológicas e exploração financeira – e as encaminha ao Ministério Público e aos órgãos responsáveis nos municípios. “Os casos de maus tratos são uma questão muito séria, geralmente realizada pelos próprios familiares, o que leva grande parte dos fatos a não serem denunciados”, revela Marília Felício, presidente da entidade.

Conforme Marília, que também preside a Associação Nacional de Gerontologia (ANG Brasil), o conselho também tem realizado capacitações em escolas como forma de promover a valorização do idoso, e para preparar as pessoas para uma velhice mais tranquila. “Devemos começar a tratar do tema com as crianças; primeiro com os pais, depois nas escolas com os professores. Tem que haver debates sobre a questão do envelhecimento para que a pessoa se prepare, tanto na questão de saúde, quanto no financeiro. De modo geral ela precisa se preparar para essa trajetória, se autodeterminar, ser dona da situação, ou pelo menos buscar esse papel, pois sem isso vai depender dos outros”, ensina. 

No mês de outubro o conselho irá promover um curso, em três etapas, voltado a integrantes de conselhos de idosos, professores, gestores públicos, acadêmicos e profissionais que atuam no atendimento a pessoas da terceira idade. Em outro ponto, também devem ser intensificados os trabalhos pra a criação de conselhos de idosos nos 28 municípios que ainda não os possuem, destaca Marília.

Pioneirismo catarinense

Para a advogada aposentada Maria Joana Zucco, de 67 anos, que já atuou como membro do CEI-SC e da Comissão dos Direitos do Idoso, da OAB-SC, Santa Catarina atualmente desponta como referência nacional em políticas voltadas aos idosos.

De acordo com ela, ainda em 1988 o estado instituiu uma comissão voltada a sugerir e acompanhar as políticas destinadas a este segmento da população, que viria a se transformar no conselho dois anos depois, bem antes da criação da Política Nacional e do Estatuto do Idoso.

Outro ponto a favor da população de terceira idade no estado, disse, são os programas mantidos pelas prefeituras e entidades como o Serviço Social do Comércio (Sesc) e Federação Catarinense de Municípios (Fecam). “A mudança se dá pelo trabalho de formação e capacitação que essas instituições vêm fazendo em todo o estado. A população brasileira e de Santa Catarina está vivendo mais, conseguimos várias décadas de longevidade nos últimos anos e temos que nos preparar para isso desde cedo. Todo esse trabalho realizado pelas entidades tem trazido mais visibilidade à questão.”

Ela também deixa um conselho a quem pensa que a vida termina aos 60: “Não é porque você entrou para o grupo das pessoas idosas que você tem que parar de viver. Você pode fazer muita coisa, como continuar trabalhando, ou contribuir para a sociedade, para a sua comunidade, ou pode pelo menos buscar se envolver com grupos da sua idade, tendo objetivos. Você tem que continuar tendo metas e sendo o protagonista da sua própria vida, não delegando à família as suas decisões."

Alexandre Back
Agência AL

Voltar