Conhecimento é o caminho para reduzir preconceitos sobre a Síndrome de Down
A falta de informação ainda representa um obstáculo para a inclusão de pessoas com a Síndrome de Down. O preconceito existe, dizem os pais. Perla Regina Padilha, de Itajaí, é mãe de Fernanda, de dois anos e sete meses de idade. “Espero que no futuro as pessoas tenham mais conhecimento”, diz Perla.
Marcos Antonio Costa, presidente da Associação Amor pra Down (AAPD), também acredita que a ação de subestimar a capacidade de uma pessoa com Síndrome de Down seja causada pela falta de conhecimento. “A gente tenta demonstrar de várias formas que as pessoas com a Síndrome de Down são indivíduos com vontades e capacidades. Muitas vezes falta desenvolver essa habilidade, essa capacidade”, explica Marcos.
É no contexto de estimular as potencialidades que atua a AAPD. “A instituição quer se tornar também uma ferramenta para proporcionar esse desenvolvimento, de quebrar esse tabu, de mostrar para a sociedade, em todas as suas instâncias, que a pessoa com a Síndrome de Down tem, sim, o seu lugar na sociedade. Um lugar de respeito onde possa desenvolver, dentro das suas limitações, as suas atividades perfeitamente”, vislumbra Marcos.
A Síndrome de Down não é doença, mas uma condição genética. As pessoas que a possuem nascem com uma cópia extra do cromossomo de número 21, por isso também é conhecida como Trissomia do 21. Entre as características comuns da Síndrome estão os olhos amendoados, baixo tônus muscular, maior facilidade de desenvolver outras doenças e deficiência intelectual.
O Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde estimam que a cada 800 crianças nascidas no mundo, um tem Síndrome de Down. A partir desse coeficiente calcula-se a probabilidade de que cerca de 250 mil brasileiros tenham a síndrome. Em Santa Catarina, o número estimado é de 8.400 pessoas.
Na Assembleia Legislativa, a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência trata de temas referentes a esta e outras síndromes, além de iniciativas como a capacitação e inclusão de pessoas com deficiência.
No sábado, 21, a comissão é parceira e apoiadora do evento "Minhas oportunidades, minhas escolhas" para celebrar o Dia Internacional da Síndrome de Down. O encontro ocorrerá em Balneário Camboriú, na seda da Associação Amor pra Down, que comemora 15 anos na mesma data. Pais, educandos voluntários e simpatizantes da causa, num total aproximado de 1500 pessoas, de cidades como Itajaí, Balneário Camboriú, São José, Florianópolis, Araranguá e Blumenau, vão prestigiar o evento.