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05/05/2010 - 17h30min

Congresso sobre energias renováveis dá caráter técnico à Femi 2010

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XV Festa do Milho - Caixa separadora de gordura
Um dos eventos paralelos à XV Festa Estadual do Milho (FEMI), que acontece em Xanxerê até o próximo dia 09, é o Congresso Sulamericano de Energias Renováveis e Meio Ambiente, que promoveu dois dias de debate sobre potencial energético da região e alternativas de energia limpa. Cerca de 970 pessoas participaram do congresso, realizado nesta terça e quarta-feira, dias 04 e 05, pela prefeitura de Xanxerê em conjunto com o Instituto Federal de Santa Catarina, Unoesc, Senai, Senac, Avesuy, Laboratório do Sol e Eletrobras. O auditório da Unoesc sediou o evento. O congresso foi idealizado para agregar à FEMI 2010 um evento de caráter técnico e científico que pudesse contribuir com conhecimento, conforme explica a coordenadora Grasiella Téo. Um campo demonstrativo de modelos e projetos de energias renováveis foi montado na Festa do Milho para divulgar experiências práticas de energia eólica, solar, hídrica, biodigestores e compostagem. No local, os visitantes podem conferir como funciona um biodigestor ou uma placa de captação de energia solar. As atividades do congresso nesta quarta-feira foram abertas com palestra do deputado estadual Pedro Uczai (PT). Com o tema “Desafios individuais e coletivos frente ao inevitável mundo novo”, o parlamentar falou sobre a necessidade de novos hábitos e novos padrões de consumo frente às mudanças climáticas e abordou a discussão sobre energias renováveis associada ao debate sobre a produção de alimentos. “Estou muito contente com a iniciativa de transformar a Festa do Milho também em um espaço paralelo de debate sobre as alternativas e potencialidades energéticas da região”, disse Uczai. Em relação à energia hídrica, também classificada como energia limpa, o parlamentar posicionou-se contrário aos empreendimentos hidrelétricos de grande porte, que demandam a construção de barragens vultosas e, consequentemente, o alagamento de extensas áreas de terra. “Precisamos investir em tecnologias e projetos hídricos de pequeno e médio porte, como é o caso das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), desde que contemplem a questão social e ambiental”, alertou. Ele defende que os agricultores participem dos empreendimentos energéticos desse tipo como arrendatários das terras ou até mesmo na condição de sócios. Outro palestrante, o gerente de suporte ao Programa Nacional de Racionalização do Uso dos Derivados de Petróleo e Gás Natural (Conpet) da Petrobras, Lucio Cesar de Oliveira, fez uma explanação sobre as atividades realizadas pelo programa. Por meio de uma parceria entre a Petrobras e a Eletrobras, o Conpet apoia o Programa Brasileiro de Etiquetagem, executado pelo Inmetro, que classifica os equipamentos elétricos em categorias de eficiência de consumo, possibilitando ao consumidor a escolha mais consciente de um equipamento e economia de energia ou combustível. “Desde 2009, o programa foi expandido para a área veicular. Criamos uma tabela com os 67 veículos de menor consumo e oito deles estão entre os mais vendidos do Brasil”, informou. Potencial energético A região Oeste tem potencial para se transformar em referência no campo das energias renováveis. O uso da biomassa, as centrais hidrelétricas e o parque eólico de Água Doce são alguns exemplos locais de geração de energia limpa. A Universidade Federal da Fronteira Sul, recém criada, deve contribuir para o desenvolvimento desse potencial, na opinião do deputado Pedro Uczai. Já está funcionando na instituição, com sede em Chapecó, o primeiro curso do Brasil de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis. Na Festa do Milho, os visitantes podem conhecer de perto como esses projetos de geração de energia limpa funcionam. Uma das tecnologias expostas no Campo Demonstrativo montado dentro da feira é o biodigestor de dejetos suínos. “O biodigestor é uma excelente solução ambiental. Ao contrário dos tratamentos convencionais de dejetos suínos em lagoas de decantação, o biodigestor elimina o mau cheiro e as moscas. O gás metano captado é queimado, transformando em CO2 e CO3, que são gases 21 vezes menos poluentes que o metano”, explica o engenheiro agrônomo Fernando Martimiano, da empresa Avesuy. Trata-se de uma solução ambiental e de geração de energia que vem sendo adotada por suinocultores do estado, especialmente porque a queima do gás metano pode ser convertida em créditos de carbono, um negócio rentável para os produtores. A queima do gás pode ser convertida em energia elétrica para abastecer a propriedade. No final de 2009, a Agência Nacional de Energia Elétrica regulamentou a venda de energia proveniente de biodigestores para concessionárias de energia elétrica. No município de Videira já está funcionando um projeto piloto desse gênero, que fornece o excedente de energia para a Celesc. (Lisandrea Costa/Divulgação Alesc)
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