Congresso debate a cobertura de imagens no momento do nascimento
Com as dependências do auditório Antonieta de Barros lotadas, inúmeros profissionais, principalmente da área da saúde, acompanharam os debates do 3º Congresso Nacional do Parto Humanizado, realizado ao longo desta quarta-feira (9). Com início no período da manhã, o encontro promovido pela Comissão de Saúde do Parlamento, em parceria com a Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira, aborda o tema “Afirmando a autonomia da mulher”.
Com uma ampla programação até o dia 11 deste mês, o primeiro dia de atividades debateu questões voltadas para elaboração e publicação de fotografias e vídeo de parto. Especialista em mídias digitais, a jornalista Alanna Ker falou sobre “Estratégias de Mídias Sociais para consolidar sua empresa”. Com dicas e estratégias sobre o uso das redes sociais, Alanna destacou que o primeiro passo, independente da temática fotográfica, é criar uma boa relação com o cliente, especialmente em registros de momentos íntimos, como o parto. “Essa interação e confiança adquirida entre o profissional e o cliente, ao ser colocada em prática, possibilita a cada jornada prospectar novos clientes através da indicação do trabalho.”
Outro aspecto ressaltado pela jornalista foi a divulgação do trabalho nas mídias sociais. Considerando as possíveis repercussões que a divulgação pode ocasionar, ela defende que a divulgação de maneira cautelosa tem um lado bom, uma vez que o processo acaba possibilitando abordar temas que são tabus. Segundo ela, o único lado ruim é quando uma pessoa tem uma exposição demasiada da sua vida íntima ou do dia a dia. “Trabalhamos pontos que até pouco tempo as pessoas não abordavam. Com as redes conseguimos compartilhar experiências.”
Voltado para a divulgação de trabalhos de parto, Alanna acredita que o material produzido deve ser divulgado, porém com edição. Para a especialista, nem tudo precisa ser divulgado na íntegra, com exposição apenas do que é o parto. “Esse material serve para mostrar a outras pessoas como acontece o parto e o funcionamento do trabalho fotográfico.”
Direitos autorais em coberturas de parto
Com o tema “Ética e direitos autorais na fotografia do parto”, o advogado Leandro Ramos participou do evento. Na ocasião, ele pontuou que o grande desafio dos profissionais que estão trabalhando com registro de vídeo ou fotografia do parto é melhorar o relacionamento com os médicos e hospitais na hora de participar do parto. “Mesmo tendo o posicionamento do Conselho Regional de Medicina favorável ao trabalho de foto e vídeo ainda existe muita resistência por parte do corpo clínico. Nossa orientação para melhorar esse relacionamento é tentar cada vez mais se aproximar dos profissionais da área da medicina e dos hospitais referências do parto humanizado para que haja uma relação mais harmônica. Isso vai facilitar o acesso do fotógrafo ao parto, tanto natural quanto de cesárea.”
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