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09/12/2009 - 11h34min

Comunidade de Potecas rejeita construção de Centro de Triagem e transferência da cavalaria e canil d

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Audiência Pública para Propor soluções para a Transferência do Canil e Cavalaria da PM e construção de um Presídio Regional em Potecas.
A comunidade de Potecas, em São José, tomou conhecimento que está em tramitação na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei nº 532/09. A proposta do Executivo autoriza o governo do Estado a permutar com o município área onde atualmente está instalada a cavalaria e o canil da Polícia Militar, em Barreiros, com uma área no bairro de Potecas, próximo a lagoa de tratamento da Casan. Esta iniciativa está sendo rechaçada por ambas as comunidades. Na noite de ontem (8), a Comissão de Segurança Pública realizou uma segunda audiência para tratar do assunto, desta vez com lideranças comunitárias e moradores de Potecas. O vice-presidente da comissão, deputado Sargento Amauri Soares (PDT), que também é o relator desta matéria na Comissão de Constituição e Justiça, presidiu o encontro. Soares fez um breve relato do que está previsto no projeto e da posição de moradores de Barreiros, onde está instalada há mais de 20 anos a cavalaria e o canil. Ele informou que além da estrutura sólida que eles têm, existe um grande envolvimento da Policia Militar nas atividades comunitárias, inclusive realizando reabilitação e prevenção de patologias com as crianças da Fundação Catarinense de Educação Especial, através da equoterapia. Outro aspecto que causa bastante polêmica é a possibilidade da construção em Potecas de um Centro de Triagem com 300 vagas, além da mudança do Centro Educacional São Lucas, hoje também em Barreiros, para Potecas. O presidente da Associação de Moradores de Potecas, Zulmar Kamers, sintetizou as diversas opiniões quanto a esta situação. Ele comentou que antes de “dar este novo presente de grego” deveriam apresentar uma solução a um problema enfrentado há mais de duas décadas: o odor insuportável causado na área devido à estação de tratamento da Casan. “Não tem licença ambiental, existe o risco de rompimento a qualquer tempo prejudicando aproximadamente 2 mil famílias do Loteamento Ceniro Martins”. De acordo com Zulmar, para a construção de um centro de triagem ou um presídio regional, que eles acreditam ser a intenção, seria necessária a anuência da comunidade e a mudança do plano diretor. “Teríamos que começar a falar sobre medidas compensatórias. Não temos creches, escolas, postas de saúde e áreas de lazer. Sobre isso ninguém fala”, comentou. O deputado José Natal Pereira(PSDB) também se solidarizou quanto a uma solução para o problema da lagoa de estabilização da Casan existente há mais de duas décadas. Natal falou ainda que a instalação do centro de triagem ou cadeião é uma questão não considerada pela comunidade. Ele disse que desta forma já se manifestou contrário à proposta, inclusive externando sua posição ao governador Luiz Henrique da Silveira e aos secretários de Segurança Pública, Ronaldo Benedet ,e de Justiça e Cidadania, Justiniano Pedroso. O parlamentar questionou o que considera desperdício de dinheiro, a transferência do canil e da cavalaria. “Vai ser abandonada uma estrutura já pronta e se construir em cima de um mangue onde o custo será três ou quatro cadeiões. Entendo que esta permuta é prejudicial a São José?”, disse Natal. O diretor da Secretaria de Segurança Pública de São José, José Deomir, justificou que o município tem mais de 200 mil habitantes e não possui um centro de triagem que permita que os presos fiquem no período entre a prisão e a determinação da pena a cumprir. “São José tem a necessidade de construir um centro de triagem. Hoje os presos ficam amontoados nas delegacias, o que acaba oferecendo mais riscos. Quanto ao canil e cavalaria é para que a comunidade tenha uma sensação maior de segurança, pois terão a polícia militar desenvolvendo a sua atividade e de certa maneira se terá um policiamento ostensivo”. O deputado Sargento Soares irá comunicar aos demais parlamentares, através da Comissão de Segurança Pública, o posicionamento da comunidade manifestado na audiência pública de ontem (8). Soares também conclamou aos moradores de ambas as localidades a fazerem suas posições chegar até as autoridades da segurança pública. (Scheila Dziedzic/Divulgação Alesc)
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