Comparativos de energias renováveis são apresentados no Sustentar 2014

Dando prosseguimento às palestras realizadas na tarde de hoje (22) no painel sobre energias renováveis, o superintendente nacional do Programa Minha Casa Minha Vida, Roberto Ceratto, relatou um projeto-piloto de um sistema de aquecimento de água por intermédio da energia solar, enquanto o diretor de Energia eólica da Weg Energia, João Paulo Silva, destacou os avanços e limites para o setor empresarial.

O funcionário da Caixa Econômica Federal (CEF) iniciou sua explanação apresentando os números do programa do governo federal no país e em Santa Catarina, revelando pesquisas que mostram o perfil socioeconômico e o trabalho social feito com os novos moradores nas parcerias firmadas com as prefeituras municipais. Ao revelar que a presidente Dilma Rousseff vai lançar a terceira fase do programa até o dia 29 deste mês, Ceratto informou que na primeira fase 41mil beneficiários tiveram acesso à energia solar fotovoltaica para aquecimento da água do chuveiro, chegando a 266 mil beneficiários na segunda etapa. “80% se mostraram satisfeitos ou muito satisfeitos com o sistema e 60% alegaram ter sentido uma economia com os gastos mensais com energia”.

Um vídeo de curta duração mostrou o projeto-piloto de sistema de aquecimento de água por intermédio da energia solar na cidade de Juazeiro (BA), onde foram investidos R$ 6, 2 milhões da CEF e R$ 800 mil da empresa de energia para instalação das placas fotovoltaicas nas mil residências do empreendimento habitacional. Quarenta e cinco moradores foram contratados para o trabalho e acompanharam toda a execução do projeto, recebendo orientações técnicas e a garantia de retorno financeiro no excedente de energia, que pode ser utilizado para manutenção do condomínio.

Energia eólica
Ao afirmar que a energia proveniente das hidrelétricas, responsável por 67,7% da potência instalada de energia no país, é uma dádiva e ao mesmo tempo uma maldição devido à insegurança no fornecimento em grandes períodos de seca, como ocorre atualmente, João Paulo enfatizou as vantagens das energias renováveis num país que precisa dobrar a sua geração de energia até 2030. “Nos leilões de energia a energia eólica tem um custo de R$ 130 por megawatt/hora, enquanto as usinas hidrelétricas custam R$ 110. Acontece que uma Pequena Central hidrelétrica (PCH) leva cinco anos para entrar em operação, enquanto uma usina eólica não leva mais que um ano. Sem contar que as energias eólica e solar não têm qualquer custo de combustível”.