Comissão especial ouve presidente da Casan e líder comunitário
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL
A comissão especial constituída pela Assembleia Legislativa para tratar do rompimento do reservatório da Casan na área continental de Florianópolis, ocorrido em 6 de setembro, recebeu, no fim da tarde desta terça-feira (31), o presidente da companhia, Edson Moritz, e Fernando Azevedo, líder da comunidade atingida.
Eles foram ouvidos pelo presidente da comissão, deputado Ivan Naatz (PL); pelo relator, deputado Mário Motta (PSD); e pelo deputado Marquito (Psol), que integra o grupo. Os parlamentares questionaram principalmente sobre o pagamento das indenizações às pessoas que tiveram bens destruídos ou danificados pelo rompimento do reservatório.
O presidente da Casan informou que, até o momento foram pagos às famílias atingidas quase R$ 8,5 milhões em indenizações, referentes principalmente a danos a imóveis e veículos. Para isso, foi criado um grupo permanente de servidores da companhia para atender as 509 pessoas cadastradas. Todos os procedimentos seguiram orientação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conforme o dirigente.
Moritz acredita que, em dez dias, de 90 a 95% dos casos serão atendidos. “Alguns não serão atendidos em razão de impossibilidade da Casan ou orientação do Tribunal de Contas”, afirmou. “Algum grau de insatisfação vai ocorrer. O trabalho que a gente fez tem suas limitações, mas a estatísticas mostram que conseguimos atender a maior parte das pessoas.”
Já o líder comunitário Fernando Azevedo destacou que, apesar de terem ocorrido divergências, a Casan prestou atendimento à comunidade, em especial nos dias que sucederam o rompimento, com o oferecimento de alojamento para as famílias que perderam suas casas. “Desde o começo, cobramos o pronto atendimento das pessoas que não tinham onde ficar. Naquele momento, a Casan não deixou a comunidade desamparada.”
Sobre o pagamento das indenizações, Azevedo reconheceu que há ainda pendências com a comunidade. “Tem muitas coisas ainda para reivindicar, mas o mais importante é tentar fazer o pagamento dessas pendências”, considerou.
O relator da comissão especial afirmou que ainda há insatisfação por parte das famílias atendidas, mas reconheceu a complexidade do caso. “Com boa vontade e diálogo, vamos avançar na resolutividade das demandas ainda pendentes”, disse Mário Motta.
O presidente do colegiado destacou que o trabalho realizado pela companhia no atendimento às famílias. “É preciso reconhecer que a Casan se colocou a ajudar o mais rapidamente possível. Em Brumadinho, as primeiras indenizações levaram seis meses para ser pagas”, exemplificou Ivan Naatz.
O deputado Marquito solicitou à comissão que representantes da Defensoria Pública Estadual e do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) participem de reunião do colegiado.
Agência AL