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14/11/2015 - 10h02min

Comissão do Senado discute em Chapecó a defesa agropecuária de SC

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Encontro reuniu senadores, deputados, autoridades e representantes do setor no estado

Santa Catarina recebeu na sexta-feira (13) a última audiência pública de um ciclo de quatro encontros de debates e palestras promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA). Proposto pelo senador Dário Berguer (PMDB-SC), o encontro realizado em Chapecó, considerada Capital do agronegócio, debateu a defesa agropecuária no estado e a construção de um padrão de excelência,  com foco na construção do modelo catarinense de sanidade animal.

A audiência conduzida pela presidente da comissão, senadora Ana Amélia (PP-RS), contou com participação de inúmeras lideranças políticas catarinenses interessadas no assunto, entre elas o deputado estadual Mauro de Nadal (PMDB) e os deputados federais Valdir Colatto (PMDB-SC), Celso Maldaner (PMDB-SC) e o o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa (PMDB), além de representantes de órgãos ligados ao segmento.

Dário, que é relator da avaliação da política de Defesa Agropecuária na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, explicou que os debates servirão de base para elaboração de um amplo diagnóstico que sistematizará sugestões para melhorar a atuação do setor. Levando em consideração tudo que Santa Catarina já fez em relação à questão sanitária no Brasil, o documento será apresentado até o fim do ano.

Ao considerar o agronegócio fundamental, estratégico e vital para o desenvolvimento econômico do Brasil, o senador destacou que o setor corresponde a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) e cerca de 40% das exportações nacionais. “Por isso, a importância das questões ligadas à defesa agropecuária, que representam tanto a segurança alimentar dos consumidores, como também a capacidade de nosso produtor ser competitivo no mercado nacional e internacional”, ressaltou Dário. Já em Santa Catarina, o senador destacou que o agronegócio é responsável por 20% do PIB e 7% das exportações.

Representante da região Oeste no Parlamento catarinense, o deputado Mauro de Nadal (PMDB) falou sobre a importância de produzir com qualidade e ser referência no cenário nacional. Segundo ele, além da preocupação com a produção e comercialização, Santa Catarina já sai na frente e demonstra também sua preocupação com os dejetos animais e as sobras de produção. “Esse tem sido um grande gargalo para os administradores municipais e e problema sério para as cooperativas que lidam com parceria e produção. Este é mais um tema que não pode ficar de fora do diagnóstico a ser elaborado “, solicitou.

O secretario Moacir Sopelsa (PMDB) destacou que mesmo com as dificuldades apresentadas com a crise do país, é com parcerias que as negociações se tornam reais. De acordo com Sopelsa, conquistas como a certificação de estado livre da febre aftosa sem vacinação; área livre da peste dos pequenos ruminantes e com risco insignificante para a encefalopatia espongiforme bovina (vaca louca), além da certificação  de Zona Livre de Peste Suína Clássica, concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) neste ano, são  fruto de trabalhos realizados em parceria entre várias entidades governamentais e privadas. “Acredito que o Senado pode nos ajudar, e muito a alavanca o setor”, frisou. 

Pontos específicos
Durante o encontros, três pontos foram avaliados e receberam sugestões. O primeiro deles foi a análise e as estratégias para a efetiva implantação do Plano Nacional de Defesa Agropecuária 2016-2020 proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No segundo momento da audiência, foram analisados os mecanismos de garantia de participação do governo federal no financiamento continuado e sistemático da defesa agropecuária de Santa Catarina. Por fim, foi discutida a participação do setor privado para complementar as ações públicas no campo da defesa agropecuária e serviço de inspeção de qualidade de produtos de origem animal.
 
Ao apresentar o Plano Nacional de Defesa Agropecuária, o engenheiro agrônomo Jaci Massi ressaltou que a iniciativa lançada em maio de 2015 possui vários pilares, que vão desde os marcos regulatórios que abrangem as legislações, os financiamentos e os cadastramentos, nos quais se faz necessário o cadastramento eletrônico para se chegar a uma plataforma de gestão agropecuária para juntar todas as informações do agronegócio brasileiro em uma única plataforma. Segundo ele, com essa plataforma será possível extrair dela informações gerenciais não apenas para se conquistar mercado, mas para cuidar do consumidor brasileiro. “Temos que lembrar que saúde pública é dever do Estado, qualidade é responsabilidade da empresa de quem produz, seja o pequeno ou grande produtor”, pontuou.

Massi afirmou que o Brasil já avançou muito, especialmente na área de fiscalização, mas que pretende aperfeiçoar e avançar ainda mais com a implantação do novo modelo. Durante o encontro representantes do segmento tiveram a oportunidade de manifestar as principais preocupações e e sugestões para o setor. 

Importância
Santa Catarina está entre os maiores produtores e exportadores brasileiros de frangos e suínos, com cerca de 11% das vendas internacionais de frango saindo do Estado sendo a maior processadora e exportadora mundial de carne de frango catarinense.  A carne suína foi responsável em 2014 por grande parte das vendas. Cerca de 159 mil toneladas de carne in natura e produtos industrializados no valor de US$ 548 milhões foram comercializados  para Rússia, China, Angola, Cingapura, Chile, Japão, Uruguai e Argentina.

Tatiani Magalhães
Sala de Imprensa

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