Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
09/05/2017 - 15h37min

Comissão discute falta de planejamento no plantio de milho em SC

Imprimir Enviar
Comissão de Agricultura e Política Rural se reuniu na tarde desta terça-feira (9)

A falta de planejamento no plantio de milho em Santa Catarina foi o principal tema discutido pelos deputados na reunião da Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa, realizada na tarde desta terça-feira (9), no Palácio Barriga Verde. Embora haja programas do governo estadual para estimular o plantio do grão, insumo primordial para a agroindústria catarinense, ainda falta a adesão à venda futura da produção, por parte do produtor e do comprador, além de problemas na armazenagem da safra.

A reunião contou com a presença do diretor-executivo da Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro), Ivan Ramos. Ele expôs a atual situação do milho no estado, após a escassez do produto registrada em 2016.

Ramos lembrou que a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, em parceria com as cooperativas agropecuárias, criou um programa de incentivo ao plantou do produto. Além da concessão de subsídios nos insumos e no seguro rural, o programa definiu que o preço pago ao agricultor pelas agroindústrias seria de R$ 30 por saca. Como à época a saca estava acima dos R$ 50, a adesão ao programa ficou abaixo do esperado. Mesmo assim, a safra 2017 foi superior à anterior: 3,2 milhões de toneladas, ante 2,8 milhões em 2016.

“Houve um aumento de produtividade, mas não da produção, na porcentagem esperada”, comentou o diretor. Como a safra de milho em toda a região Sul foi maior, o preço da saca caiu para perto de R$ 20. Diante da falta de locais para armazenamento, a maioria dos produtores leva sua produção para os portos ou a exporta, sem que ela seja consumida pelas agroindústrias catarinenses, que na maioria das vezes são obrigadas a buscar o grão no Centro-Oeste ou a importá-lo.  

Para Ivan Ramos, os interesses de produtores de milho e agroindústria serão atendidos se houver um planejamento maior na produção. “Os agricultores precisam aprender a trabalhar com a venda futura, independente do valor da saca no momento da negociação. O importante é ter um preço que lhe dê um retorno, mediante a garantia de compra pela agroindústria”, comentou.

A questão do armazenamento também é importante para a solução desse problema. No entanto, conforme Ramos, a construção de silos é um investimento grande, cujo retorno demora de 15 a 20 anos para o investidor. “Essa é uma política que deve ser adotada pelo governo federal, com a concessão de subsídios, por se trata de um investimento muito elevado”, disse.

Fórum do milho
O presidente da Comissão de Agricultura da Alesc, deputado Natalino Lázare (PR), informou que o assunto será levado ao Fórum do Milho, que será realizado em Chapecó, no dia 13 de junho, na presença dos secretários de Agricultura dos três estados da Região Sul. “Nós vamos levar essa demanda da venda futura e também apresentar a necessidade do governo federal investir no armazenamento de grãos, como uma forma de criarmos estoques reguladores que possibilitem, tanto ao produtor quanto à agroindústria, obterem bons preços, gerando empregos e renda aqui em Santa Catarina”, afirmou no parlamentar.

Os deputados Altair Silva (PP), Cesar Valduga (PCdoB) e Padre Pedro Baldissera (PT) também participaram da reunião. Silva destacou a necessidade do planejamento na produção e na comercialização do grão. Valduga cobrou políticas públicas mais agressivas na busca de um equilíbrio entre produção, preço e venda. “É necessária uma garantia de preços para todos os envolvidos”, afirmou Padre Pedro.

Eletrificação rural
O deputado Natalino Lázare informou que a Comissão de Agricultura realizará um debate sobre a necessidade da ampliação da rede de eletrificação rural de monofásica para trifásica. O evento, cuja data ainda será definida, vai tratar das estratégias dos três estados do Sul na busca por recursos para investir na ampliação dessas redes.

Marcelo Espinoza
Agência AL

Voltar