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09/08/2023 - 12h12min

Comissão debate desafios da Rede Feminina de Combate ao Câncer em SC

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FOTO: Solon Soares/Agência AL

Os desafios da Rede Feminina de Combate ao Câncer para o acolhimento humanizado à saúde das mulheres catarinenses pautou a reunião da Comissão de Saúde que aconteceu na manhã desta quarta-feira ( 09) no Parlamento.

Com seis mil voluntários, a entidade, em 62 anos de atividades, já atendeu mais de quatro mil mulheres catarinenses com foco na prevenção e combate aos cânceres de mama e colo de útero e na orientação para realização de autoexame.

Atualmente, a Rede de Combate ao Câncer está presente em 78 municípios catarinenses, onde é responsável por mais de 100 mil atendimentos a cada ano.

Para se ter uma ideia, apenas em 2022, mais de 65 mil exames preventivos e mais de 12 mil mamografias foram agilizados pelas redes em Santa Catarina.

Trabalho humanizado  

Essas informações foram apresentadas pela presidente da entidade, Maria Ciria Aragão Zunino. 

“As redes realizam um trabalho de acolhimento, de atendimento humanizado”, afirmou, destacando que é a primeira vez que representantes dessa entidade apresentam o trabalho desenvolvido para a  Comissão de Saúde.

“Por isso, precisamos de um olhar diferenciado para o que estamos fazendo pela saúde dos catarinenses. Um olhar diferenciado dos senhores para o terceiro setor. Somos voluntários. Fazemos com amor e dedicação esse acolhimento”, pontuou.

Entraves

Ela cita que entre os maiores desafios estão os entraves burocráticos que não permitem celeridade a todo o processo.

Como as longas filas de espera enfrentadas pelos pacientes que têm câncer. “Pacientes com câncer não podem aguardar dois anos em uma fila de espera, não há tempo para isso”, avaliou, citando que deveriam ser encaminhados para filas emergenciais.

A presidente revelou ainda mais um drama burocrático enfrentado pelas entidades em alguns municípios. “ Alguns negam às redes, a inscrição no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde”, informou.

Fundo para o câncer

Para o presidente da Comissão de Saúde, deputado Neodi Saretta (PT), proponente do encontro, a presença das representantes da RFCC reforça o comprometimento do colegiado com a saúde dos catarinenses. “Sabemos do papel fundamental das redes em prol do acolhimento humanizado dos pacientes de câncer. Temos a obrigação de contabilizar o apoio para que prossigam realizando esse trabalho”, avaliou.

O parlamentar ressaltou a importância de Santa Catarina ter uma legislação estadual que aperfeiçoe a questão do tratamento do câncer. 

“Nós construímos um projeto de lei que cria o Fundo Estadual de Combate ao câncer.  O projeto é de minha autoria mas foi construído por muitas mãos, e de forma muito especial pela ACBG (Associação Brasileira de Câncer, Cabeça e Pescoço). Foi aprovado no Parlamento, mas vetado pelo governador”, pontuou, afirmando que houve uma conversa com o Governo.

“ Foi firmado um  compromisso de ser apresentado um projeto na linha deste que nós tínhamos apresentado. Foi estipulado um prazo de 30 dias. Já passaram mais de seis meses e o Governo não remeteu esse projeto.Como temos aqui o nosso próprio mecanismo, vamos derrubar o veto a esse projeto que deve ser votado nos próximos dias”, finalizou.

O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) disse que a rede feminina é o melhor custo benefício imaginável e existente. “São  parceiros dos municípios para resolver essa situação que o SUS acaba não resolvendo". O deputado José Milton Scheffer (PP) destacou a importância do trabalho das redes. “É um trabalho de alta relevância, um trabalho que o sistema não consegue fazer. Contem conosco nesta comissão e com toda a Alesc.”

O  deputado Repórter Sérgio Guimarães (UNIÃO) ressaltou que é parceiro e já se comprometeu com algumas redes femininas.  Ele se colocou à disposição para ajudar no que for preciso.

Já é lei

A Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou no dia 14 de junho de 2022 o Projeto de Lei (PL) 17/2022, de autoria da deputada Ada De Luca (MDB), que permite que o estado firme convênios com as Redes Femininas de Combate ao Câncer, utilizando recursos do Fundo Estadual de Saúde. O projeto foi aprovado por unanimidade dos parlamentares e sancionado pelo governo do Estado.

Valquíria Guimarães
Agência AL

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