17/03/2010 - 14h19min
Comissão de Turismo e Meio Ambiente discute futuro da água em Santa Catarina
Atendendo ao convite do deputado Renato Hinnig (PMDB), o diretor de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Flávio Rene Brea Victoria, fez uma explanação sobre a política estadual de recursos hídricos durante reunião da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, na manhã desta quarta-feira (17). Para os deputados da comissão, as informações prestadas foram esclarecedoras, mas há muito a ser feito.
Uma das ações, segundo o deputado Renato Hinnig, é que o governo encaminhe à Assembleia a proposta de criação do Instituto Catarinense de Gestão da Água, considerado fundamental para a execução de políticas públicas para o setor. Décio Góes (PT) lembrou que esse é um assunto que precisa ser amplamente discutido. “Esperamos que a proposta venha logo para a Assembleia, mas já que só será implantada no próximo governo, podemos discuti-la com calma, realizando audiências públicas e seminários”, destacou.
Através de uma exposição minuciosa de dados, o representante da Secretaria falou das políticas públicas em Santa Catarina, com estratégias de Estado e ações de estruturação do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Falou também dos problemas existentes no setor, como a precariedade na infraestrutura e a poluição. “As políticas públicas têm que ter base técnico-científica com aplicação na realidade regional para a busca de solução dos problemas existentes”, ressaltou Flávio.
Entre os investimentos feitos pelo governo está a aplicação de R$ 1,5 milhão para a estruturação e manutenção dos 15 comitês de gerenciamento das 24 bacias hidrográficas catarinenses. No próximo mês, a Secretaria começará a fazer o levantamento aerofotogramétrico de Santa Catarina. Um avião equipado com câmeras fotográficas métricas percorre o território fotografando-o verticalmente, com medições precisas, permitindo o mapeamento topográfico com detalhamento de lotes, edificações, quadras, rios e relevo de terrenos, entre outros.
O último levantamento feito no estado é de 1970 e, de acordo com o diretor da Secretaria, esse trabalho é fundamental para o desenvolvimento econômico e sustentável. “Este é um momento de redefinições, de reestruturação do sistema. Tenho certeza de que se isso ocorrer de forma adequada nossos problemas futuros não estarão associados à água”, afirmou. (Rose Mary Paz Padilha Ferreira/Divulgação Alesc)