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25/02/2010 - 10h25min

Comissão de Segurança Pública ouve vereador agredido por policiais militares

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Reunião da Comissão de Segurança Pública
A agressão de dois soldados da Polícia Militar contra o vereador de Guaramirim, Gilberto Junckes (PPS), continuou sendo motivo para debate na Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Darci de Matos (DEM). O assunto foi abordado na sessão ordinária da tarde de ontem (23), quando o deputado Nilson Gonçalves (PSDB) solicitou uma reunião para ouvir as partes envolvidas. A reunião, que contou com a presença do vereador e de representantes da Polícia Militar, teve como objetivo principal ouvir as duas versões do ocorrido. Primeiro a falar, o vereador, que estava muito emocionado, afirmou que até agora não sabe o porquê da agressão. Segundo Gilberto, ele estava retornando para casa após fazer uma visita a uma senhora no hospital quando foi abordado pelo carro da PM. “Eles me pediram para sair. Saí e me identifiquei. No mesmo momento fui agredido na cabeça e altura da cintura diversas vezes. Eu nem sequer tive a oportunidade de mostrar os meus documentos. Fiquei muito assustado. Estou muito assustado. Até agora não sei por que apanhei.” O vereador ainda afirmou que, quando estava dentro da viatura, conseguiu ligar para o delegado do município, mas, quando os PMs perceberam que utilizava o celular, foi novamente agredido. “Eu nunca tinha visto nada parecido. Por que eles fizeram isso comigo?”, questionou novamente. O coronel Ricardo Alcebíades Broering, comandante da 5ª Região da Polícia Militar, com sede em Joinville, garantiu que um inquérito já foi instaurado para descobrir o que houve no dia 13 de fevereiro, em Guaramirim. “Já estamos estudando o caso. A PM não compactua com esse tipo de comportamento de certos policiais e estamos investigando. Isso não significa que estamos contra nossos soldados. Todo o contexto da situação tem que ser revisto.” Broering disse que em 40 dias o inquérito deverá estar pronto para remessa ao Ministério Público e a Justiça. Também representando a Polícia Militar, o Tenente-coronel Rogério Luiz Kumlehn, comandante do 14ª BPM, apresentou a versão dos soldados envolvidos. De acordo com ele, na região onde ocorreu a agressão diversos agricultores foram assaltados no último ano e os soldados haviam recebido o aviso de que um assaltante que utilizava um veículo da mesma cor e com características semelhantes ao do vereador circulava por ali. “A região é considerada rota de fuga, já que o local é bem ermo. Quando os policiais avistaram o carro, pediram para que ele encostasse e apresentasse documentos. Os soldados disseram que ele se recusou e que também não se deixou revistar. Se houve exagero, é o que queremos descobrir.” Autor do convite que trouxe o vereador para a comissão, o deputado Nilson Gonçalves (PSDB) sanou algumas dúvidas sobre o acontecido, como a utilização de ar quente no carro. De acordo com o vereador, os policiais teriam acionado o ar quente para aumentar o calor dentro da viatura. “Quando vi a matéria no jornal, fiquei assustado. Tenho muitos amigos na PM e me causou certa estranheza essa reação dos policiais. Não cabe a mim qualquer julgamento, mas devemos apurar a verdade e tirar todas as dúvidas possíveis. Há mesmo ar quente no carro. Houve esse tipo de ação?”, perguntou. O deputado Sargento Amauri Soares (PDT) defendeu a ação dos policiais e disse que eles são treinados para esse tipo de abordagem. “Várias vezes em que foram quebrados os protocolos e os soldados tentaram ser mais amigáveis na sua incursão, acabaram mortos. Nossos PMs são treinados para a abordagem e a população não sabe disso. E sobre o ar quente, isso não existe. O carro em si não tem muita ventilação e, provavelmente, no momento o calor pareceu de propósito, mas com certeza era fisiológico.” Como solução para esse tipo de situação, Soares argumentou que o governo do Estado deveria investir em propagandas que explicassem o tipo de abordagem realizado pela Polícia Militar. “Seria bom para todos. Para aqueles que estão trabalhando e para toda a população.” De acordo com o deputado Derli Rodrigues (PPS), o trabalho da polícia tem que ser reverenciado, mas casos como esse não podem se repetir. “Estou muito entristecido com o que aconteceu. Eu sei que o bom trabalho da PM é infinitamente maior do que atos como esse. Mas uma coisa eu digo. Ou foi falta de habilidade ou houve exagero na atuação.” O deputado Adherbal Deba Cabral (PMDB) sugeriu que a Comissão de Segurança Pública solicitasse uma cópia do inquérito à PM. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)
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