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27/11/2013 - 13h29min

Comissão de Saúde discute problemas causados pelos vapores de combustíveis

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Reunião Ampliada da Comissão de Saúde - Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

Os problemas ambientais e de saúde pública causados pela emissão de vapor de combustível em postos e centrais de abastecimento de Santa Catarina foram discutidos nesta quarta-feira (27) pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Deputados, especialistas e representantes de órgãos ambientais e de sindicatos dos trabalhadores apresentaram dados e analisaram formas para minimizar o problema.

Hoje, o Brasil consome cerca de 50 bilhões de litros de álcool e gasolina por ano. Deste montante aproximadamente 225 milhões de litros são desperdiçados na atmosfera em forma de vapor. Segundo o engenheiro químico Ernesto Raizer Neto, isso ocorre em três momentos: no carregamento dos caminhões que fazem o transporte, no descarregamento do combustível nos postos e no abastecimento feito pelas bombas. “Em termos econômicos, nós jogamos fora cerca de R$ 630 milhões em combustível anualmente”, ressaltou.

Já com relação aos problemas de saúde causados pela inalação do vapor de combustíveis, foram apontados como principais os respiratórios, imunológicos e neurológicos. Alguns estudos apontam, inclusive, a ligação entre a exposição contínua dos gases voláteis ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer, especialmente a leucemia. Pessoas que moram ou trabalham em um raio de 100 metros de postos de combustíveis estão mais expostas. “Esse é um dado muito preocupante, visto que existem milhares de escolas, hospitais e moradias próximas a postos”, alertou o engenheiro.

Entre as pessoas mais atingias estão os trabalhadores dos postos de combustíveis. Derli Muzzo, presidente do sindicato da categoria na Grande Florianópolis relatou que os trabalhadores se queixam diariamente do forte cheiro de gasolina. “Muitos apresentam problemas de saúde no decorrer da vida funcional, mas quando nós vamos até os postos para verificar o problema eles nos mostram os alvarás e as licenças. O que ocorre é que não temos legislação sobre o tema”, reclamou.

Major Márcio Alves, gerente de fiscalização da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), reconheceu que não constam exigências com relação à recuperação dos vapores na normativa que rege o licenciamento dos postos de combustível em Santa Catarina. Para ele, é preciso elaborar um projeto de lei ou a incluir na normativa de licenciamento a cobrança de mecanismos de captura dos vapores de combustível.

Ao final da reunião, o presidente da Comissão de Saúde, deputado Volnei Morastoni (PT), disse que irá trabalhar numa agenda para inserir o tema na pauta no Parlamento catarinense. “Essa reunião é um primeiro passo de muitos outros que estão por vir. Queremos analisar melhor o problema e estudar as proposições sugeridas”, garantiu.

Gutieres Baron
Sala de Imprensa/Alesc

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