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17/10/2013 - 14h26min

Comissão conhece programas de educação alimentar e fotoeducação de Portugal

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Reunião ampliada da Comissão de Saúde. Foto: Eduardo Guedes de Oliveira/Agência AL

A presidente da Associação Transdisciplinar, Maria Neves Alves, apresentou à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (17) o trabalho que desenvolve em Portugal com os programas de educação alimentar na escola e fotoeducação denominados “Alimentar-me, movimentar-me pela minha saúde” e “Conviver com o sol”.

A associação tem como missão educar para o desenvolvimento sustentável. Por isso, adota ferramentas pedagógicas para a formação de educadores e professores, que as aplicam com alunos do pré-escolar e do ensino básico. 

Os programas do Instituto Passerelles, da França, adaptados pela entidade, estão fundamentados na participação ativa de educadores e professores. Eles desenvolvem o trabalho a partir de guias, elaborados de forma transdisciplinar, que trazem módulos de atividades, esclarecimentos físicos e pedagógicos e cadernos de experiências. A proposta é religar os saberes e as disciplinas, como Ciências, Matemática, Geografia, Artes, Português.

A pedagogia é fundamentada em experiências, o chamado “mãos na massa”. “É algo inovador, pois se utiliza a metodologia científica. As crianças iniciam o debate a partir de um problema, depois formulam suas hipóteses. Em seguida, realizam as experiências na sala ou no recreio e registram as suas conclusões. Sob a orientação do educador, constroem o conhecimento através das experiências realizadas por elas”, explicou Maria, doutora em Psicologia da Saúde. “Há módulos diferentes de acordo com a idade. Por exemplo: com as crianças de três anos, faixa etária em que é difícil falar sobre calorias, lançamos a pergunta ‘Onde se escondem as gorduras?’. A partir desta questão, elas elaboram suas hipóteses. Depois partimos para as experiências, manipulando os alimentos para que elas percebam quais contêm gordura. Assim, elas constroem o saber”.

A atividade citada pela presidente da associação faz parte do guia do programa “Alimentar-me, movimentar-me pela minha saúde”.  Através de uma metodologia ativa, as crianças descobrem desde o pré-escolar a importância de uma alimentação variada e da atividade física. O guia aborda temas como equilíbrio alimentar, publicidade, higiene, acidentes domésticos.  O objetivo é prevenir patologias relacionadas ao excesso de peso e à obesidade.

Já com o programa de fotoeducação “Conviver com o sol”, os alunos aprendem sobre os efeitos do sol na saúde, as origens das cores da pele, identificam as situações de risco e testam os meios de proteção. A proposta é alertar sobre os riscos à saúde decorrentes das exposições excessivas e desprotegidas ao sol, como o câncer de pele e a catarata. Outro problema é a deficiência da vitamina D por falta de exposição adequada ao sol.

Conforme Maria Neves Alves, os programas de prevenção apresentados terão resultados a longo prazo. “O mais importante é que virão e serão positivos. Já observamos que eles favorecem a mobilização dos atores locais e são eficientes. Além disso, podem ser adaptados às condicionantes da educação nacional e aos contextos socialmente desfavorecidos”.



O presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Volnei Morastoni (PT), sugere a criação de parcerias com entidades como a Associação Transdisciplinar e o Instituto Passerelles. “Podemos estudar uma forma para que o Estado abrace esses programas, cujas ações são voltadas à educação, à promoção e à prevenção em saúde, e contam com o respaldo da Organização Mundial da Saúde (OMS)”.

O parlamentar ressaltou a importância de transformar as crianças em agentes de prevenção. “Temos atualmente duas epidemias mundiais: a obesidade e a hipovitaminose D. Para enfrentá-las, é necessário um trabalho na área da educação. As crianças podem ser inseridas nessa realidade, aprendendo e levando adiante informações importantes. Elas são mensageiras no seio da família e da comunidade”, disse Morastoni.

Participaram do encontro representantes do Conselho Regional de Nutricionistas de Santa Catarina, do Conselho de Alimentação Escolar, do Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro), do Instituto Cidade Saudável (Itajaí) e da Gerência de Alimentação Escolar da Secretaria de Estado da Educação.

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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