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20/03/2013 - 14h09min

Comissão cobra urgência nas reformas do Hospital Infantil Joana de Gusmão

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Secretário da Saúde (centro) justifica problemas na UTI. FOTO: Fábio Queiroz/Agência AL

Os deputados Volnei Morastoni (PT), Ana Paula Lima (PT) e Angela Albino (PCdoB) fizeram uma vistoria no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), de Florianópolis, na manhã desta quarta-feira (20). A visita foi motivada pelos atrasos nas obras de reforma na ala de oncologia pediátrica e na UTI neonatal do hospital.

A iniciativa partiu da deputada Ana Paula, que protocolou na terça (19) uma representação no Ministério Público de Santa Catarina, cobrando do órgão um posicionamento emergencial diante da situação. Os parlamentares foram acompanhados pelo secretário de Estado da Sáude, Dalmo de Oliveira; pelo diretor do hospital, Roberto Moraes; e pelo promotor Marcílio de Novaes Costa.

Transferência de pacientes
A comitiva vistoriou a obra na ala de oncologia pediátrica, retomada nesta quarta, em caráter emergencial, após nove meses de paralisação. Por conta da reforma, as crianças que fazem tratamento contra o câncer estão no setor C. No entanto, de acordo com a direção do hospital, elas precisam ser transferidas provisoriamente para o setor A, para dar lugar aos pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que também passará por reformas.  Atualmente, há 12 leitos no setor A, 12 no setor C e 8 na UTI.

Conforme o secretário de Saúde, o setor C é o único que pode abrigar temporariamente os pacientes da UTI. “Nas últimas semanas, com as chuvas contínuas, houve um agravamento da situação da UTI por conta das goteiras. Não tem como recuperar o telhado, ele vai ser completamente reformado. A obra está licitada, agora só estamos esperando o deslocamento dos pacientes para outro setor para fazermos a reforma na UTI e no centro cirúrgico”. A expectativa é que a obra seja concluída ainda neste ano.

Preocupação dos pais
Mas as famílias com pacientes internados no setor de oncologia estão preocupadas com a transferência para o setor A. “Essas crianças têm a imunidade muito baixa, e por isso precisam de um local adequado. Estou lutando pelo bem do hospital e pelo direito de tratar a minha filha”, disse Alexsandro Kirchner, pai de uma paciente de 6 anos internada há 15 dias no HIJG para tratamento contra a leucemia.

De acordo com o secretário, o setor A, que estava desativado, está sendo adaptado há 20 dias para receber as crianças. “É um setor de internação normal, que tem condições higiênicas, de limpeza, de conservação, e pode perfeitamente abrigar os pacientes da oncologia. Não há nenhum óbice do ponto de vista da Vigilância Sanitária ou da qualidade da instalação”, ressaltou Dalmo. Quando as crianças forem transferidas definitivamente para a ala de oncologia, o setor será transformado em unidade psicossocial.

Para garantir que o setor A tenha condições de receber as crianças em tratamento de câncer, a direção do hospital vai emitir um parecer, elaborado por comissões técnicas, de enfermagem e de controle de infecção. “Esperamos a conclusão para ver se elas podem ser transferidas. Enquanto isso, cobramos do governo estadual uma força-tarefa para a conclusão da obra na oncologia. Essas crianças precisam ser transferidas definitivamente para o local adequado para seu tratamento”, salientou a deputada Ana Paula.

Segundo o secretário, a demora para a conclusão da obra na ala de oncologia se deve à contaminação do setor por um fungo.  “Levou um tempo para identificar a origem do fungo. Então se aproveitou para fazer a reforma do ar-condicionado e a troca da tubulação de água. Vamos aproveitar e fazer uma readequação física de troca do piso, que hoje é cerâmico, para manta vinílica, além do forro de gesso”, disse. A previsão é que a obra seja entregue em 40 dias.

Falta de pessoal
Na opinião do deputado Volnei Morastoni, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, o maior problema do Hospital Joana de Gusmão é a falta de recursos humanos. O secretário de Saúde argumenta que o governo autorizou a contratação de 233 profissionais da área de enfermagem para os quatro hospitais da ilha, sendo cerca de 80 deles para o HIJG.

“Estamos muito aquém das necessidades. O mínimo seriam 250 servidores”, disse Morastoni. “Este número ainda não é o ideal, mas é uma primeira etapa, supre alguma necessidade, repõe o que perdemos nos últimos anos. Esperamos que numa próxima etapa possamos chamar outro lote”, explicou o secretário.

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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