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Cobrança por revitalização de rodovia gera críticas ao governo anterior
A cobrança feita pelo deputado Rodrigo Minotto (PDT) de revitalização da rodovia Jorge Lacerda, que liga o trevo de Forquilhinha a BR-101, detonou críticas ao governo anterior na sessão desta quarta-feira (25) da Assembleia Legislativa.
“A rodovia Jorge Lacerda, do trevo de Forquilhinha até a BR-101, são 10 km de buracos, saliências e remendos malfeitos. O atual governador é do Sul, conhece a região, então já passou da hora de dar atenção às milhares de pessoas que circulam na Jorge Lacerda, com revitalização de ponta a ponta”, reivindicou Minotto.
Kennedy Nunes (PSD) concordou com o colega e provocou a atual administração.
“O governador vai fazer para nós não falar mal do Pinho Moreira. Se ele, que é do Sul, não vai arrumar a rodovia? Vai, vai pagar o Fundam, vai pagar as nossas emendas impositivas”, discursou o representante de Joinville, que ponderou as ações do ex-governador Colombo na região Serrana, principalmente em Lages.
Fernando Coruja (Podemos) e Marcio Marcondes (PMDB) reagiram à cobrança.
“Esperamos que o governador possa atender, a única coisa que não concordo é com o discurso do Kennedy de que o ex-governador fez muito pela cidade de Lages, lá não percebemos mudança importante, mas não tenho andado muito pela Coxilha Rica”, ironizou Coruja.
“Estou muito feliz com o parlamento de 2018, agora todos os buracos apareceram, no governo Raimundo estava uma beleza, um espetáculo, e hoje tudo virou um Deus nos acuda, mas quem administrou mal foi o senhor Raimundo Colombo, do PSD, acho que é isso que nós estamos dizendo. Agora estão querendo que o Pinho Moreira resolva em 15 dias? Não vai dar, o problema vai continuar sem solução”, observou Marcondes.
Maurício Eskudlark (PR ), Dirceu Dresch (PT) e Luciane Carminatti (PT) também se posicionaram sobre as condições das rodovias estaduais.
“Sabemos como estão as rodovias estaduais, como em Campo Erê e Palma Sola, ao lado daquelas fazendas uma rodovia cheia de panelas! A serra do Rio do Rastro de Lauro Müller até Tubarão é outro caos, foi um governo de faz-de-conta”, avaliou Eskudlark, referindo à gestão Colombo.
“Quero me somar no debate da questão da infraestrutura, da divisa do Paraná até Campo Erê furei dois pneus em um único buraco, precisamos urgente de investimentos”, reclamou Dresch, que criticou a demora na federalização da BR-163. “Pelo menos tem de fechar os buracos”, pediu o petista.
“Em fevereiro de 2016 articulamos reunião com ministro de Transportes para discutir as rodovias e lá não estavam nem o governador, nem o seu vice”, disparou Carminatti, que responsabilizou ambos pela situação precária da infraestrutura barriga-verde.
Eletrificação rural
Natalino Lázare (Podemos) lembrou na tribuna que o governador Pinho Moreira assumiu compromisso de substituir 2 mil km de rede monofásica por redes de maior potência.
“Quero solicitar que se empenhe para suprir essa grave deficiência”, afirmou Natalino, que rememorou projeto de sua autoria, que não foi aprovado, mas que destinava 20% do empréstimo de R$ 1,3 bilhão contraído pela Celesc para substituir redes monofásicas por trifásicas.
Esperando para ver como fica
Natalino acusou as autoridades do governo federal de estarem “esperando para ver como fica” o embargo da União Europeia à carne brasileira.
“Há uma tempestade sobre as carnes, sobretudo no embargo da União Europeia, não estou vendo uma ação forte, mas a situação é desesperadora, a BRF está dando férias. Não estou vendo ações concretas, a impressão que dá é que estamos esperando para ver como fica”, constatou Natalino.
Mulheres vencedoras no esporte
Luciane Carminatti (PT) ressaltou três conquistas das mulheres brasileiras no esporte.
“O Brasil pela sétima vez foi campeão da Copa América de Futebol Feminino, venceu as colombianas por 3 x 0, foram campeãs com 100% de aproveitamento; as meninas da escola estadual Lourdes Lago venceram o campeonato mundial de Futsal Feminino para atletas até 18 anos, 16 países participaram, um título inédito para uma escola pública catarinense”, informou a deputada.
Por último, a representante de Chapecó elogiou o Projeto Renascer, de Anita Garibaldi, que utiliza o futebol para ocupar as meninas.
“São 120 meninas do interior e da cidade, uma recreação saudável para afastá-las dos grupos de risco, treinam vezes por semana no contra-turno das atividades escolares no estádio e no ginásio, conquistaram o quarto lugar no estado”, descreveu Carminatti, que destacou o empenho da professora Marilei Lourennssi Oliveira.
Dia internacional do trabalho
Carminatti lembrou a passagem do dia internacional do trabalho, celebrado em 1º de maio, próxima terça-feira, citando as famosas palavras do alemão August Spies, morto pela polícia em 1886, nos EUA.
“Se acreditais que enforcando-nos, podeis conter o movimento operário, então voz encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá o fogo da revolução”, citou Carminatti, acrescentando que a mensagem contida nessa frase “está na origem do 1º de maio”.
Segundo Carminatti, neste ano as centrais sindicais organizarão um ato em Curitiba em solidariedade ao presidente Lula e em apoio à pauta dos trabalhadores.
“Muitos direitos estão sendo retirados, famílias estão sentindo na pele a fome e o desemprego, a reforma trabalhista está aumentando a informalidade, em dois anos perdemos 1,4 milhão de postos de trabalho, são dados do IBGE”, registrou.
Imposto para o FIA
Serafim Venzon (PSDB), como faz todos os anos, convidou os colegas deputados, servidores do Legislativo, Executivo e Judiciário que ainda não declararam o imposto de renda, para doar ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA).
“Acho que 90% dos contadores neste momento estão calculando o importo de renda de alguém, segunda-feira é o último dia para pagar o imposto, vamos usar este momento para fazer um bem às crianças e adolescentes, o Fia arrecadou um valor muito pequeno em 2016, mas podemos doar até 6% do imposto devido para o FIA, que existe em todos os municípios”, argumentou Venzon.
Cenário de desconfiança
Milton Hobus (PSD) criticou a decisão do governo catarinense de alterar as regras do ICMS.
“Quando a indústria têxtil estava quebrando, com tudo vindo da China, o estado reduziu o ICMS para 1,5%, depois, com o setor revigorado, passou a ser 3%. Faço um apelo, não vamos jogar fora o que vem sendo construído desde o Luiz Henrique, ou corrigimos o erro através de MP, ou então votemos pela inadmissibilidade da Medida Provisória que alterou o ICMS”, alertou Hobus.
“Se o próprio governo diz vai arrecadar R$ 50 milhões a mais, então se aprovada a MP o contribuinte vai pagar R$ 50 milhões a mais, é aumento de carga tributária”, garantiu Gelson Merisio (PSD).
“Não podemos permitir aumento da carga tributária, o comércio vai ser atingido, estamos juntos”, adiantou Doutor Vicente Caropreso (PSDB).
Renegociação de dívidas
Maurício Eskudlark repercutiu mobilização dos produtores de alho de Curitibanos, Frei Rogério e Brunópolis, que reivindicam renegociação de dívidas.
“Querem alertar e mostrar à sociedade os problemas, principalmente a necessidade de renegociação das dívidas junto aos bancos e viabilização de crédito para a próxima safra. Estão com estoque, mas sem preços em condições de vender”, justificou Eskudlark.
377 mil fora da eleição
Kennedy Nunes alertou que cerca de 377 mil catarinenses entre 16 e 24 anos não possuem título de eleitor e, portanto, não estarão aptos a votar em outubro.
“Estamos há 10 ou 12 dias do prazo final para regularizar o título para votar em outubro e não estou vendo ninguém falar sobre isso, por isso trouxe alguns números. Em Santa Catarina, de 16 a 24 anos, são 1.110.844 pessoas, segundo o IBGE. Desse montante, 690.746 têm título de eleitor, ou seja, mais de 377 mil eleitores em potencial não têm sequer o título de eleitor, são 40% da faixa etária, exatamente a faixa etária que está fazendo política pelas redes”, analisou Kennedy.
O deputado conclamou os líderes das igrejas, os candidatos, a imprensa e os presidenciáveis a estimularem os jovens a procurarem a Justiça Eleitoral para fazer o título, caso contrário, de acordo com o parlamentar, “vão permanecer os mesmos (políticos) que estão aí”.
Pedido de informação
Serafim Venzon anunciou que pediu informações à Secretaria de Estado da Saúde sobre cirurgias eletivas.
“A resolutividade pelo sistema SUS este ano está pior do que o ano passado, vou fazer um pedido de informação questionando qual o valor repassado pelo governo federal para as cirurgias eletivas e qual o valor que o estado destinará em 2018 para essas cirurgias”, informou Venzon, que estimou em 100 mil o número de cirurgias eletivas represadas.
Agência AL
