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25/08/2014 - 11h16min

Cidasc libera comercialização de ostras e mexilhões em oito pontos do estado

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Coleta de amostra em fazenda de ostras na Praia da Ponta do Papagaio. FOTOS: Fábio Queiroz/Agência AL

A Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca já liberou a comercialização de ostras e mexilhões em oito dos 16 pontos de monitoramento no estado. A interdição preventiva ocorreu na quinta-feira (21), em função da confirmação de excesso de toxina causadora de intoxicação alimentar, liberada por microalgas chamadas de Dynophysis (DSP). A alta luminosidade registrada nos últimos dias, combinada à baixa circulação da água, foi apontada pela secretaria como causa da proliferação das microalgas.

Desde o final de semana, as ostras, vieiras, mexilhões e berbigões foram liberados para consumo em Laranjeiras (praias de São Francisco do Sul e Balneário Camboriú); Praia do Cedro e Ponta do Papagaio, em Palhoça; Freguesia do Ribeirão, Costeira do Ribeirão, Caieira da Barra do Sul, Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis. Esse último ponto foi analisado excepcionalmente, no final de semana, em função da realização da 18ª Açor – Festa da Cultura Açoriana.

Os três pontos em que houve a confirmação da toxina – Praia de Palmas, em São Francisco do Sul, Ganchos de Fora, em Governador Celso Ramos, e Porto Belo – continuarão interditados até que duas amostras negativas sejam obtidas. Os pontos ainda interditados preventivamente – Zimbros, Penha, Canto Grande, São Miguel e Fazenda Armação – serão liberados mediante obtenção de uma amostra negativa, tal como ocorreu nos outros oito pontos liberados no final de semana. O monitoramento dos níveis de DSP é coordenado pela Cidasc que, nas próximas horas, poderá liberar novas áreas.

O secretário Airton Spies explica que o florescimento da microalga contamina os moluscos por que eles são organismos filtradores. A toxina diarreica pode causar náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais nos consumidores. O molusco utilizado como indicador é o marisco, mais sensível à presença da substância. “As amostras coletadas em todas as regiões de cultivo são encaminhadas para análise no laboratório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC) em Itajaí”, relatou. Os últimos episódios de excesso de DSP no estado aconteceram em 2007 e 2008.

Na opinião do secretário, a interdição preventiva, apesar de causar prejuízos temporários aos produtores, trará benefícios para a cadeia produtiva, pois aumenta a credibilidade dos mecanismos de vigilância e, consequentemente, a confiança do consumidor. “Com a interdição preventiva, evitamos um prejuízo à imagem da maricultura catarinense, que é responsável por 95% da produção de ostras no Brasil”, disse. O estado conta com 820 fazendas de produção de moluscos em processo de regularização.

Oceanógrafo e produtor de moluscos na Praia da Ponta do Papagaio, Ivan Taffarel Trois avalia que o monitoramento das áreas de cultivo é positivo para a segurança do cliente. Por outro lado, considera que a interdição preventiva causa um impacto negativo porque os jornais acabam alardeando a decisão.

Lisandrea Costa
Agência AL

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