Companhia gaúcha acredita estar pronta para geração térmica do carvão
Ao participar do Seminário “Panorama Energético e o Carvão Mineral”, realizado ao longo desta segunda-feira (24), na Assembleia Legislativa, o presidente da Cia Riograndense de Mineração, Elifas Simas, fez uma breve explanação sobre “O Carvão e a matriz energética do RS”. Em sua abordagem, Simas pontuou a situação energética ressaltando o potencial em reservas existentes no seu estado. “Atualmente somos um grande importador de energia, com a importação de 65% de energia que consumimos e 35% que geramos, e muito pouco aproveitada do carvão”, salientou.
Conforme Simas, a perspectiva do novo certame reforça as potencialidades do carvão gaúcho, que já se prepara para os possíveis empreendimentos advindos com o leilão A-5, que acontecerá em agosto deste ano. “Vivemos um momento em que tudo contribui para que se concretizem as possibilidades de reaquecimento no setor, com geração de emprego e renda”, avalia.
Ao considerar que o Brasil precisa de combustíveis fosseis e que o carvão mineral terá um papel cada vez mais fundamental na geração energética, o dirigente afirma que o Rio Grande do Sul está pronto para contribuir com a estabilização do sistema e com a geração térmica a carvão. “Este é o momento ideal para que se estabeleça uma política para a indústria do carvão mineral que seja contínua, abrangente e duradoura. Nossa preparação não diz respeito à concorrência, mas nas condições de igualdade com as outras fontes geradoras”, destaca. Para isso, Simas explica que o estado gaúcho prepara mão de obra e infraestrutura capazes de receber esses empresários, além dos investimentos estimados na ordem de R6,8 bilhões a R$ 7 bilhões.
Para ele, a importância de investir no carvão mineral é garantir que o Brasil tenha uma energia firme, capaz de possibilitar o crescimento do país. “O fato do Rio Grande do Sul poder fornecer energia representa gerar emprego, renda, possibilitando que as regiões carboníferas de Candiota com 55.7% de carvão mineral, e Baixo Jacuí, com 44,03%, se desenvolvam. Ainda não temos problemas com falta de energia, mas o alto consumo de 6 mil megawatts/dia causa problemas no abastecimento”, alerta.
Na ocasião, ele mencionou que sensível ao problema de geração térmica do carvão, o governador Tarso Genro, por intermédio do Decreto nº 50.1267/13, instituiu um grupo de trabalho com a finalidade de monitorar os projetos de geração térmica a carvão incluindo cinco órgãos: o gabinete do governador, do vice-governador, Secretaria de Desenvolvimento, Secretaria de Infraestrutura e a Companhia Riograndense de Mineração. “Esse grupo conhecido como “facilitador de trâmites” do governo do Rio Grande do Sul avalia os projetos que fazem parte do leilão”, frisou.
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