/
Chapecó encerra primeira fase dos seminários sobre Gestão da Cultura
FOTO: Solon Soares/Agência AL
Depois de São Miguel do Oeste, agora foi a vez de Chapecó receber o Seminário Estadual sobre Gestão Cultural, promovido pela Escola do Legislativo Deputado Lício Mauro da Silveira e Comissão de Educação, Cultura e Desporto. O encontro, nesta terça-feira (30), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, reuniu artistas, produtores e gestores da área de cultura de Chapecó e municípios da região. As próximas edições do seminário estão marcadas para o fim de maio: dia 27 em Caçador e dia 28 em Lages.
A deputada Luciane Carminatti (PT), presidente da comissão, comemorou a grande participação nos dois eventos e a disposição das pessoas em permanecer até o fim dos dois dias discutindo o tema da gestão cultural. A intenção, agora, é aumentar a audiência nas próximas edições, intensificando a divulgação. “A gente muitas vezes fica focado só em quem já faz a cultura – artista, produtor, conselheiro, enfim – e esquece que tem uma população toda que pode se envolver, se aproximar, discutir projetos culturais, como captar recursos”, alertou a parlamentar.
O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (sem partido), destacou que o município tem uma secretaria exclusiva para a cultura e a importância do setor para o desenvolvimento social das cidades. “A cultura, a gente sabe, é efetivamente o meio que nos ajuda a viver em paz, ela produz a paz social, melhora a autoestima, realiza alegria, faz com que as pessoas se iluminem, sejam inspiradoras.”
Ele elogiou a iniciativa da Assembleia Legislativa de promover os seminários. “Precisamos criar network, redes de cultura pelo Estado. E eu vejo que a Assembleia Legislativa, sentindo esse momento, vem para o interior para que a cultura possa conversar com a cultura”, avaliou o prefeito, ressaltando a importância da formação das pessoas envolvidas no setor para o avanço das políticas culturais e da captação de recursos. “A cultura também precisa de dinheiro, precisa entender e buscar recursos, buscar legislação, fontes de financiamento. Isso tudo acontecendo hoje aqui em Chapecó nos deixa muito satisfeitos de servir de instrumento para melhorar a cultura.”
Profissionalismo é o caminho
Consultora e assessora para a área cultural, Roselaine Vinhas viu nos dois seminários a oportunidade da troca de conhecimento entre gestores públicos, individuais e coletivos da área. Roselaine falou dos sistemas de cultura e desafios para a gestão da área, que precisa, na visão dela, não só receber recursos, mas de reconhecer-se como empreendedora e indutora de turismo no Estado. “Precisa destes investimentos e desse olhar do próprio gestor individual, coletivo ou público – nas esferas pública e privada – e que ele também entenda a cultura como esse grande espaço de investimento, de construção e de grande reconhecimento.”
Para a consultora, o caminho da cultura no Estado é a profissionalização. “Sem profissionalismo, a cultura vai sucumbir. A cultura que se mantém só pela parte amadora não consegue ter sustentabilidade. O fluxo todo de produção precisa de organização, e isso demanda profissionais de todas as formações.”
Para Roselaine, o profissionalismo ajuda até no desenvolvimento da cultura mais popular. “Ela é nossa riqueza naturalmente constituída e que precisa de todo um cuidado, e muitas vezes são os profissionais que fazem vir à tona aquilo que pessoas tão humildes e maravilhosas dos nossos interiores, dos nossos redutos, tenham a oportunidade de mostrar o seu trabalho”, finalizou.
