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29/06/2012 - 18h30min

Chapecó apresenta dados do atendimento aos idosos

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Audiência Pública Regional do Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa
O Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa, coordenado pela deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), realizou hoje (28) audiência pública regional no auditório da prefeitura de Chapecó. Durante a reunião foram levantadas informações sobre as políticas públicas voltadas para a terceira idade existentes no município e sobre as áreas em que há carências de ações. O enfrentamento da violência contra o idoso e a ampliação do atendimento aos idosos com dependência foram os principais aspectos debatidos durante a audiência. Os dados e sugestões integrarão um documento a ser elaborado pelo fórum, contendo as reivindicações que serão entregues ao Poder Executivo estadual e federal. “A população idosa está crescendo. O IBGE estima que 15% dos brasileiros terão mais de 60 anos em 2020. Os idosos precisam de cuidados especiais, o que exige ações. Por isso queremos saber onde é preciso melhorar”, explicou a deputada Dirce. De acordo com o último censo do IBGE, as pessoas com mais de 60 anos representam 10,5% da população de Santa Catarina, o que corresponde a quase 700 mil pessoas. No Brasil, a faixa etária da chamada terceira idade somava 14,5 milhões de pessoas em 2000 e ultrapassou 18 milhões em 2010 (12% da população). A expectativa de vida dos brasileiros deve passar dos atuais 74 anos para 81 anos em 2050. Conforme a médica do programa Estratégia de Saúde da Família, Aldarice Pereira da Fonseca, a elevação da expectativa de vida não significa aumento da saúde, por isso o número de idosos dependentes está crescendo. “As políticas públicas são mais voltadas para o idoso que tem autonomia. Vamos olhar um pouco para o idoso dependente, que fica invisível lá na sua casa.” Ela disse que é necessário implantar no município uma rede progressiva de cuidados para garantir atenção a todos os idosos. A presidente da Fundação da Ação Social de Chapecó (Fasc), Belenite Frozza, afirmou que Chapecó tem mais de 17 mil idosos cadastrados no sistema de atenção básica e atende 2.481 idosos em grupos de convivência. O município desenvolve um projeto chamado “Cidade do idoso”, espaço que oferece um conjunto de atividades de lazer, saúde e educação. Outro projeto de destaque é a Universidade da Melhor Idade de Chapecó (Umic), criada em parceria com a Unochapecó, para oferecer cursos de extensão universitária. Violência O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas II) do município, que presta serviços especializados a indivíduos e famílias que tiveram direitos violados, entrou em funcionamento há 30 dias e já registrou 20 atendimentos de idosos vítimas de violência. A delegada Isabel Cristiane Faust, da Delegacia da Mulher, Criança e Idoso de Chapecó, informou que ocorreram oito processos de violência contra o idoso no ano passado. Nos primeiros seis meses de 2012, a delegacia já soma 25 processos. “Esperamos que não seja aumento da violência, mas aumento da divulgação do nosso trabalho e da conscientização da população”. De acordo com o promotor Max Zuffo, a maioria dos crimes contra os idosos tem cunho patrimonial e depois resulta em violência. Ele sugeriu a criação de um programa de educação financeira direcionado aos idosos e o investimento em formação de profissionais cuidadores para atender a demanda crescente. “Enquanto Estado, como vamos lidar com a inversão da nossa pirâmide demográfica nos próximos 30 anos?”, refletiu. Outros desafios levantados durante a audiência foram a criação de um Centro Dia em Chapecó; a elevação dos percentuais de co-financiamento do Estado e da União para os serviços de atendimento aos idosos; e a reorganização dos espaços públicos nos aspectos de mobilidade e acessibilidade. (Lisandrea Costa)
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