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17/03/2016 - 13h12min

Cenário político nacional repercute no Parlamento catarinense

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Sessão desta quinta-feira foi marcada por debates relacionados à posse do ex-presidente da República

A liberação das interceptações telefônicas realizadas pela Polícia Federal revelando trechos de conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diversos agentes públicos, entre os quais a presidente Dilma Rousseff, monopolizou os debates na sessão plenária da manhã desta quinta-feira (17). Na tribuna, os deputados divergiram sobre a validade da iniciativa tomada pelo juiz federal Sérgio Moro dentro da operação Lava-Jato.

Dirceu Dresch (PT) qualificou a divulgação como uma "truculência”, de um magistrado sem a preparação necessária para exercer suas funções. “Um juiz de primeira instância, despreparado e em início de carreira, quer colocar em risco um trabalho que tirou da fome milhões de crianças. Agora ele chegou ao absurdo de colocar um grampo dentro do gabinete da presidenta, ou seja, ultrapassou todos os limites, colocando em perigo também o Estado democrático de Direito.”

Mauricio Eskudlark (PR), por sua vez, defendeu a validade das gravações, tendo em vista que as mesmas foram direcionadas a Lula, “um cidadão comum” e não à presidente Dilma. Já a divulgação das conversas, disse o deputado, teve o propósito de conferir mais transparência ao processo de investigação. “Entendo que algumas falas não têm contexto criminal, mas foram divulgadas para ver a forma como o partido que governa este país trata a população e as instituições brasileiras, zombando, brincando e até falando palavras obscenas, num total desrespeito.”

Vestido de preto, Kennedy Nunes (PSD) se declarou em protesto pela nomeação de Lula como ministro chefe da Casa Civil e afirmou que, a exemplo da tragédia de Mariana (cidade mineira onde houve o rompimento da represa de rejeitos da empresa Samarco), a liberação das gravações deflagrou o estouro da “barragem do PT”, fazendo com que todo o país acordasse “coberto de lama”. “É impressionante o deboche, a falta de respeito, dá nojo. Um vocabulário chulo, difícil, que dói no ouvido. E com minha roupa preta, a exemplo de milhões de outros cidadãos, quero mostrar minha indignação.”

Para o parlamentar, o atual cenário vivido pelo país, com protestos e manifestações, são uma resposta natural da população às atitudes tomadas pelo PT no governo ao longo dos anos. “Para cada ação, uma reação. E as ações do governo do PT pelo aparelhamento do Estado, pela sua sede pelo poder, pela roubalheira, pelo descaso e o deboche às nossas instituições.”

Com o debate derivando para a atuação do Partido dos Trabalhadores, Dirceu Dresch voltou à tribuna para defender as gestões de Lula e Dilma e pedir isenção nas investigações realizadas pela Polícia Federal. “Quero saber quais provas jurídicas vocês têm em mãos contra Lula para chamá-lo de ladrão. Quero que as apurações continuem, mas não de uma forma partidária e golpista como está sendo feito por este juiz contrário a um governo eleito por 54 milhões de pessoas. Queremos seriedade, compromisso e que se dê o mesmo tratamento para casos como Furnas, Zelotes, e o cartel dos trens de São Paulo.”

Como forma de desagravo à situação, anunciou o parlamentar, a agremiação promoverá manifestações amanhã, sexta-feira, em diversos pontos do país. “No dia 18 os trabalhadores vão pra rua sem patrocínio de partidos políticos, de setores empresariais, ou da mídia; com sua força, sua garra, unidos pela democracia.”

 

Alexandre Back
Agência AL

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