Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 
Assistir
19:30 Em Discussão

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
19/04/2010 - 15h02min

Catarinense exilado no exterior volta ao Estado

Imprimir Enviar
Catarinense exilado no exterior volta ao Estado
O deputado Reno Caramori (PP) recepcionou, na manhã desta segunda-feira (19), no saguão do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Capital, o último catarinense exilado no exterior, vítima da ditadura militar no Brasil. Edilton Swarovski, de 69 anos, natural de Caçador, participou, em março de 1964, do movimento conhecido como “A revolta dos marinheiros” – considerado um dos estopins do golpe militar ocorrido em abril daquele ano. Caramori foi quem intermediou o processo de repatriação junto ao Ministério das Relações Exteriores. “Tudo foi feito dentro da lei e a agilidade foi justificada pelo estado de saúde dele, que agora volta para casa, para receber o carinho dos seus familiares”, declarou o parlamentar. Acusado de prática de motim e atos de subversão, Edilton foi preso e torturado, teve dentes e unhas arrancados. Após ser libertado, fugiu para o Uruguai e depois para o México, onde viveu durante 45 anos. Viúvo e com duas filhas que vivem atualmente naquele país, Edilton disse que mesmo depois da anistia política, em 1979, decidiu não voltar ao Brasil em função do trauma sofrido e por medo de ser perseguido. A chegada de Edilton em Florianópolis foi marcada pela emoção. Familiares e amigos aguardaram impacientes a volta do catarinense, depois de uma longa espera. Bastante debilitado, pesando pouco mais de 40 quilos, e em cadeira de rodas, devido ao Mal de Parkinson, Edilton reviu a mãe, Inês Zandavalli Swarovski, de 92 anos, depois de longos 30 anos de separação. O abraço entre mãe e filho foi efusivo. “Estou muito feliz por estar de volta e agora junto à minha família”, declarou com a voz bastante fraca, misturando o português e o espanhol. Emocionada, a idosa precisou tomar calmante antes de vir à Capital. E explicou: “Para não deixá-lo preocupado caso visse meu nervosismo”. Com lágrimas nos olhos, misturadas ao sorriso do reencontro, dona Inês agora vai morar com o filho em Balneário Camboriú e afirmou que pretende cuidar dele com todo o amor de mãe. “Vou fazer as comidinhas que ele mais gosta, como a sopa de capeletti. Agora, finalmente ele está em casa e vou ficar com ele até eu morrer”, falou a mãe com a voz embargada. (Rose Mary Paz Padilha Ferreira/Divulgação Alesc)
Voltar