Casan investe R$ 18 milhões em ações durante a temporada 2016/2017
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) vai investir R$ 18 milhões em ações para garantir o abastecimento de água e minimizar os problemas de esgoto durante a temporada de Verão 2016/2017, apenas em Florianópolis. O assunto foi abordado na manhã desta quarta-feira (7), durante reunião da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa.
Conforme o presidente da companhia, Valter Galina, o objetivo é aumentar a oferta de água durante a alta temporada. “No ano passado, já fomos bem-sucedidos nas ações e, pela primeira vez em 30 anos, não faltou água em toda a região litorânea”, comentou. “Para esta temporada, vamos aumentar ainda mais a oferta de água.”
Com relação ao esgoto, o presidente informou que a Casan tem investido em ações para a despoluição do Rio do Braz, em Canasvieiras, no norte da Ilha de Santa Catarina. Na temporada passada, turistas e moradores do bairro tiveram problemas por causa do excesso de poluição no rio, que deságua na praia de Canasvieiras, uma das mais procuradas no verão.
“A Casan não é responsável pela despoluição dos rios, mas ela apanhou bastante por causa de um rio que é poluído há mais de 40 anos. Por isso, adotamos algumas ações para melhorar a qualidade da água. Não vamos despoluir um rio em um único ano”, disse Galina.
Apenas na região de Canasvieiras, a companhia investe R$ 12 milhões na construção de uma nova estação de tratamento de esgoto e na instalação de uma Unidade de Recuperação Ambiental (URA) no Rio do Braz. “A URA é como um grande filtro, no qual a água mais poluída entra por um lado e sai pelo outro mais límpida, menos poluída”, explicou.
A Casan, conforme seu presidente, também tem atuado em outras frentes, como o combate às ligações irregulares na rede de esgoto e a fiscalização dos caminhões limpa-fossa. “Não é nossa responsabilidade essa fiscalização, mas, em conjunto com as polícias, Fatma, Vigilância Sanitária, vamos multar pesadamente e apreender os caminhões que estiverem despejando os dejetos em locais irregulares.”
Investimentos em 2017
Galina destacou que os problemas de balneabilidade detectados em várias praias não estão relacionados apenas com a falta de tratamento de esgoto. “Nós não temos macrodrenagem, que é responsabilidade de prefeitura. Sem isso, tudo que está nas ruas é levado pela chuva para os rios e para as praias.”
Para o ano que vem, a Casan tem previstos R$ 300 milhões em investimentos no tratamento de esgoto apenas em Florianópolis. Para isso, serão construídas três novas estações (Campeche-Ribeirão da Ilha, Ingleses-Santinho e João Paulo-Monte Verde-Saco Grande-Cacupé-Santo Antônio de Lisboa-Sambaqui) e na duplicação da capacidade da estão continental. A previsão é que as ordens de serviço para o início dessas obras sejam emitidas no decorrer do primeiro semestre.
De acordo com o presidente da Comissão de Transportes da Alesc, deputado João Amin (PP), o objetivo da vinda da Casan à reunião foi acompanhar o trabalho desenvolvido pela companhia. “A comissão vem fazendo uma série de ações, durante todo o ano, trabalhando esse assunto. Conhecendo essas ações e vamos poder verificar como está sendo colocado em prática o planejamento da Casan, não só para a temporada, mas para todo o ano”, disse.
(com informações de Nara Cordeiro, da Rádio AL)