Casa da Mulher Catarina é homenageada pelo Legislativo

Os 20 anos de fundação da Casa Mulher Catarina e o trabalho do grupo feminista em prol da ampliação dos direitos das mulheres e contra o preconceito foram comemorados na noite de ontem (3) no Auditório Antonieta de Barros. A homenagem foi uma promoção da Comissão de Direitos e Garantias Fundamentais, de Amparo à Família e a Mulher, presidida pela deputada Ana Paula Lima (PT). O encontro teve a presença de autoridades, representantes dos movimentos feministas e outros interessados. A parlamentar reconheceu o trabalho pioneiro desenvolvido pelo grupo a partir de 28 de maio de 1989. “O Parlamento abre as porta para receber essas mulheres que lutaram e continuam lutando pela garantia dos direitos femininos, combatendo a violência e todo tipo de preconceito. É uma justa homenagem”, ressaltou Ana Paula. Uma das fundadoras da Casa Mulher Catarina, Neusa Freire Dias, atual presidente da instituição, contou um pouco da trajetória do primeiro grupo de mulheres, que tinha a vontade de criar um espaço para lutar pela igualdade de gêneros e construir uma sociedade mais justa e igualitária. Segundo ela, essas mulheres sonhavam com um mundo melhor, não só para aquele exato momento, mas para o futuro das próximas gerações. Neusa afirmou que, mesmo longe do ideal, houve certo avanço na aquisição e preservação dos direitos femininos, mesmo com a desigualdade de oportunidade entre homens e mulheres. Ao fazer uma retrospectiva de tudo o que foi realizado, das lutas e conquistas, ela disparou uma só resposta. “Valeu a pena. Plantamos uma semente que frutificou em outros movimentos de mulheres no nosso estado”. Como parte do ato comemorativo, a socióloga e doutora pela École de Hautes Études en Sciences Sociales, Paris (1991), Maria José Rosado-Nunes, ministrou palestra abordando o tema \"Desafios contemporâneos do feminismo: Ética e direitos reprodutivos\". Saiba um pouco da história Casa da Mulher Catarina nasceu de um projeto de extensão do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina. Hoje é o mais antigo grupo feminista do estado em atividade. As integrantes realizam atividades enfocando a saúde da mulher, a participação na política, os direitos sexuais, os direitos reprodutivos, raça e etnia, além da articulação com outros grupos de mulheres para a participação de lutas em comum. A Casa da Mulher Catarina está articulada com os movimentos e as necessidades das mulheres catarinenses, lutando pela igualdade de gênero e contra a discriminação. Desenvolvendo estudos, reflexões e práticas sobre o feminismo, o grupo é reconhecido internacionalmente como defensor dos direitos das mulheres. (Andreza Matos de Souza/Divulgação Alesc)