Casa da Alfândega reabre com a fina-flor do artesanato catarinense
O Centro de Cultura Popular, localizado na Casa da Alfândega, no centro histórico de Florianópolis, reabriu suas portas nesta sexta-feira (6), oferecendo ao visitante o melhor do artesanato produzido em 22 cidades do estado.
“Os artesões foram escolhidos em seleção pública e os critérios foram a qualidade e a diversidade da produção, para dar uma ideia da dimensão do estado”, informou o professor Rodolfo Pinto da Luz, presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
Para receber os novos expositores o espaço passou por uma reforma completa.
“Reformamos toda a estrutura, a parte elétrica, o mobiliário, estantes e mostruários para dar uma boa visibilidade aos produtos e aos artesões”, justificou o presidente da FCC.
Lica Takahashi, ceramista, gaúcha radicada em Santo Amaro da Imperatriz há 18 anos, foi selecionada pela FCC para expor na Casa da Alfândega por um período de dois anos.
“Imprimo rendas de bilro nas cerâmicas, agrego esse valor ao meu trabalho”, contou a ceramista, que descreveu o processo: “engomo bem a renda, abro uma placa de argila e imprimo a renda, espero secar e depois levo para o forno duas vezes, em duas semanas fica pronta”.
Para turista ver e comprar
A reportagem da Agência AL conferiu as obras expostas e assim como os primeiros visitantes ficou impressionada com a qualidade e a beleza das peças que estão à venda.
Blusinhas de renda de bilro para usar na praia, feitas em Santo Antonio de Lisboa, na capital; bolsas de palha de milho, vários tamanhos, produzidas em Joaçaba; casinhas para passarinhos feitas com purungos (cabaças) pintados e decorados em Bom Retiro.
A sessão de bruxas não decepciona: tem bruxinha voando na vassoura, sentada na lua minguante, balançando na vassoura e uma novidade bem manezinha, uma bruxa surfista, vestida a caráter.
As rendas de bilro e crivo também seduzem os olhos mais exigentes: panos de prato, trilhos, toalhas confeccionadas em Governador Celso Ramos.
Ainda se destacam as esculturas de madeira que preservam a forma original das peças e exploram verossimilhança com aves, além de cerâmicas, tanto utilitárias como decorativas: bernunças, pratos, chaleiras e vasos de vários tamanhos e cores.
Agência AL