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24/03/2015 - 07h39min

Carreata em Balneário Camboriú celebra o Dia da Síndrome de Down

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Campanha “Minhas oportunidades, minhas escolhas” celebra Dia Internacional da Síndrome de Down. FOTOS: Solon Soares/Agência AL

Uma carreata em Balneário Camboriú marcou, no sábado (21), o Dia Internacional da Síndrome de Down. Organizada pela Associação Amor pra Down (AAPD), em parceria com a Federação Catarinense das Associações de Síndrome de Down (Fecads) e a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa, a ação faz parte da campanha “Minhas oportunidades, minhas escolhas”, proposta pela Down Syndrome International. Em Santa Catarina a data também faz parte do calendário oficial, definida pela lei 15.529/2011.

Para o presidente da AAPD, Marcos Antônio Costa, ter um dia especial dedicado à Síndrome de Down é importante para dar visibilidade às instituições e temas relacionados ao assunto, além de estimular as políticas de inclusão. “A campanha desse ano é para mostrar primeiro que as pessoas com a síndrome precisam ter suas oportunidades. É por essas oportunidades que a gente luta: na escola, no mercado de trabalho, na sociedade como um todo. E as escolhas para dar às pessoas com a síndrome o livre arbítrio, para que possam fazer o que quiserem da forma que gostarem”, explicou. Nesse dia, a associação também comemorou 15 anos de existência.

A professora Janice Aparecida Steidel Krasniak, assessora da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ressaltou que as parcerias estabelecidas com as entidades são de suma importância para o colegiado. “O que o deputado José Nei Ascari quer sempre, como presidente da comissão, é que o desejo das entidades seja priorizado. Esse ano a vontade delas era fazer um evento em Balneário Camboriú para motivar a comunidade e promover a conscientização sobre a importância do trabalho que a Amor pra Down desenvolve no município.”

Com o apoio do grupo de escoteiros Leão do Mar foram distribuídos materiais informativos com esclarecimentos sobre a síndrome. Outros grupos como o Jipe Clube de Itajaí e o Motoclube Amigos do Sul também colaboraram levando os participantes em seus veículos. “Estar aqui apoiando este movimento representa para nós o mesmo que para todo ser humano: é a satisfação que a gente tem de estar ajudando o próximo. Isso não tem o que pague”, concluiu o motociclista Alexander Schwemlein.

O presidente da Fecads, Darci Cattani Junior, ressaltou a importância de eventos como este para demonstrar para a comunidade o que é a Síndrome de Down. Na opinião dele, é o conjunto da sociedade que pode fazer a diferença. “Tem que ter a participação dos pais, a participação da comunidade e das escolas. Para que todos estejam bem orientados e possam dar a atenção devida. Esses movimentos são feitos para esclarecer, para divulgar, para mostrar à comunidade que a criança com a Síndrome de Down é carinhosa, que é uma criança especial, dedicada.” Mas ele também fez questão de ressaltar a participação dos pais. “O desenvolvimento destas crianças é fruto do trabalho dos pais. Os pais é que devem dar o suporte. Não adianta você ter uma estrutura de apoio e eles deixarem as crianças lá como em um dormitório.”

Rafael Pacher, 18 anos, atendido pela AAPD, revelou que está muito contente com o evento e em participar do grupo de jovens da associação. Ele disse que é “muito legal” quando saem para jantar em restaurantes. Mas o que deixou ele mais empolgado até hoje foi ter saltado de paraquedas. Sobre a necessidade de conscientização de que a síndrome não é uma doença foi bem claro: “Essa é a esperança que nós carregamos em nossos corações!”

O dia
A data escolhida como o Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, faz alusão à trissomia do cromossomo 21, uma condição cromossômica especial causada por um cromossomo extra no par 21 que dá origem a essa variação genética nas células. O World Down Syndrome Day é comemorado em todo o mundo. No Brasil estima-se que 300 mil pessoas tenham Down.

Giovanni Kalabaide
Agência AL

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