Candidatos à presidência da Adepol-SC expõem propostas a deputados
Os delegados Mauro Dutra e Ulisses Gabriel apresentaram as propostas das chapas que disputam a direção da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina (Adepol-SC) para a gestão 2015-2017 aos membros da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (25). Cerca de 600 associados elegerão a nova diretoria da entidade na sexta-feira (27).
O convite aos candidatos foi uma iniciativa do deputado Maurício Eskudlark (PSD), vice-presidente do colegiado. "Eles puderam expor suas propostas e também os pleitos da categoria, que dependem do Poder Executivo e, principalmente, da Assembleia Legislativa", disse. "Além disso, é importante que os deputados conheçam a estrutura e as atividades de cada setor da segurança pública no estado", acrescentou.
O atual presidente da Adepol-SC, Mauro Dutra, concorre à reeleição pela chapa "Integrar para fortalecer". As principais propostas são voltadas a temas como transparência; remuneração; valorização funcional, profissional e institucional; defesa dos associados e associativismo. "Queremos fazer uma administração justa, ética e profissional. Uma das metas é o estudo e a análise da nossa remuneração. Muita coisa deve ser ajustada a partir da implementação da lei no ano passado. Também vamos buscar melhorias no âmbito administrativo junto à polícia civil para toda a segurança pública no estado."
A chapa da oposição é a "Gerações unidas pela Adepol”, encabeçada pelo delegado Ulisses Gabriel. Conforme o candidato, a equipe elaborou 45 propostas, com ênfase nas áreas de caráter individual, institucional e social. Ele ressaltou a luta pela valorização salarial, autorização de porte de arma para delegados aposentados, aprovação da lista tríplice para a escolha do delegado geral da polícia civil e recomposição do efetivo. "Nossas propostas têm o intuito de modernizar, mudar e profissionalizar a Adepol, trazendo mais transparência, união e independência para os associados."
Caseps e Operação Regalia
A reunião da Comissão de Segurança Pública também contou com a presença do secretário-adjunto de Justiça e Cidadania, Leandro Lima. Na ocasião, ele esclareceu que o governo do Estado efetuou os repasses referentes aos meses de janeiro e fevereiro de 2015 às Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam nos Centros de Atendimento Socioeducativo Provisório (Caseps). "Todas as faturas foram pagas e as situações decorrentes da falta de pagamento de janeiro e fevereiro foram solucionadas", afirmou.
Em virtude da necessidade de prestar esclarecimentos à imprensa em nome da secretaria sobre a Operação Regalia no Presídio de Blumenau, Lima se ausentou da reunião do colegiado antecipadamente. A operação resultou na prisão de 39 pessoas, sendo 13 agentes penitenciários. De acordo com a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), o esquema envolve o pagamento de propina em troca de favores a detentos. "Agradeço a Polícia Civil, em função da parceria estabelecida com a Deic. De minha parte, é vergonhoso. Sou agente penitenciário há 27 anos. Sangramos um pouco agora para evitar um mal maior", disse. "Deixo uma mensagem bem clara: foi estabelecido um rio que separa o joio do trigo. Os que permanecerem do lado do joio vão precisar tomar cuidado, pois vão se afogar, da mesma forma como aconteceu ontem", ressaltou.
O secretário-adjunto agendou o dia 22 de abril para retornar à Casa com o objetivo de apresentar aos parlamentares a estrutura do sistema penitenciário em Santa Catarina. Participaram da reunião, além dos deputados Eskudlark e Romildo Titon (PMDB), presidente da comissão, os deputados João Amin (PP), Ricardo Guidi (PPS) e Rodrigo Minotto (PDT).
Rádio AL