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07/04/2009 - 16h00min

Campanha “Direito à Creche” chega ao Parlamento

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Ana Paula Lima (PT) recebe
Na condição de presidente da Comissão de Direitos, Garantias Fundamentais e de Amparo à Família e a Mulher, a deputada Ana Paula Lima (PT) recebeu, na tarde de hoje (7), na Sala de Imprensa do Parlamento, representantes da Central Única dos Trabalhadores de Santa Catarina (CUT/SC) para um debate a fim de engajar o Poder Legislativo na campanha pelo “Direito à Creche”. Para a deputada, a melhor forma para reivindicar esse direito, assegurado pela Constituição Federal, e ampliar o debate levando o problema ao conhecimento da sociedade, é a realização de uma audiência pública. De acordo com a representante da Secretaria de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Anna Julia Rodrigues, o direito à creche é a primeira etapa para garantir a educação de uma criança, porém vem sendo negado à sociedade. Diante das dificuldades enfrentadas por mães e pais trabalhadores, a CUT passou a lutar por esse direito lançando uma cartilha com informações sobre o direto à creche e o dever do poder público para com a família. “Queremos que as crianças sejam atendidas e que as três esferas responsáveis pela educação cumpram com o seu papel”, frisou. Anna Julia ressaltou que, aproximadamente, 88,3% das crianças brasileiras na faixa etária de 0 a 3 anos não frequentam creches, sendo que estudos científicos já revelaram que o atendimento adequado nessa idade é fundamental à formação da inteligência e aprendizado para as crianças, e ainda garantindo a autonomia das mulheres. Segundo a representante da CUT, o Censo Escolar de 2007 mostrou que as unidades públicas e privadas de Santa Catarina atendem 24% das 368.645 crianças de 0 a 3 anos. Já para as crianças de 4 a 5 anos o índice de atendimento aumenta consideravelmente, chegando aos 73,5% das 200.365 crianças. Porém, se forem consideradas todas as crianças da faixa de 0 a 5 manos, 60,38% têm direito negado à educação infantil. “A maioria das crianças sem direito à creche são filhos de trabalhadores que enfrentam uma jornada de trabalho superior a 44 horas semanais. Isso mostra a falta de investimentos por parte de órgão públicos”, desabafou. (Tatiani Magalhães/Divulgação Alesc)
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