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Campanha de vacinação contra gripe é prorrogada até 5 de junho
A campanha de imunização contra a gripe, que seria encerrada nesta sexta-feira (22), teve seu prazo prorrogado até o dia 5 de junho. A medida foi anunciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) na quinta-feira (21).
O objetivo é alcançar a meta de 80% da população-alvo da campanha, grupos prioritários que têm maior risco de desenvolver complicações decorrentes da Influenza. Segundo dados atualizados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina, a cobertura de vacinação desses grupos chegou a 60,95%. "É um dos piores resultados que tivemos nos últimos anos. Como em 2013 e 2014 não tivemos uma circulação intensa do vírus, parece que a gripe não é mais um problema. As pessoas começam a esquecer a importância de se prevenir contra a Influenza, e, infelizmente, não utilizam as estratégias disponíveis para a sua proteção", avaliou o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Fábio Gaudenzi.
No ano passado, durante o período de campanha, 77,6% dos grupos prioritários já haviam sido imunizados, um número 32% maior do que o registrado em 2015. Em 2014, a campanha foi prorrogada por mais três semanas, atingindo a cobertura de 90,9%.
A população-alvo da campanha corresponde a 1.590.852 pessoas no estado. Os grupos prioritários incluem crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, idosos (a partir de 60 anos), trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (mulheres no período de até 45 dias após o parto), presos e funcionários do sistema prisional.Também devem receber a vacina pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais.
De acordo com Gaudenzi, a baixa adesão à vacinação contra a gripe compromete a proteção desses grupos. "Aumenta o risco de essas pessoas, consideradas mais vulneráveis, adoecerem de forma grave no período do inverno, quando temos maior circulação do vírus Influenza."
Casos no estado
No ano passado, Santa Catarina registrou 174 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza, dos quais 13 evoluíram para óbito. Dentre as pessoas que desenvolveram a doença em 2014, 151 (87%) pertenciam a um dos grupos prioritários para vacinação, sendo que 75 delas não tinham sido vacinadas.
Em 2015 foram notificados 14 casos de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave por Influenza no estado. Até o dia 21 de maio foram registradas duas mortes, uma causada pelo Influenza A(H1N1), em Videira, e outro por Influenza B, em Florianópolis.
Vacina
A vacina usada na campanha protege contra três tipos de vírus Influenza: A(H1N1), A(H3N2) e B. O organismo leva, em média, de duas a três semanas após a imunização para criar anticorpos.
Ela é gratuita para os grupos prioritários e está disponível nos postos de saúde do Estado. O paciente deve levar a carteira de vacinação e um documento de identificação.
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais precisam apresentar uma prescrição médica que especifique o motivo da indicação da dose. Pacientes que participam de programas de controle de doenças crônicas no Sistema Único de Saúde (SUS) devem se dirigir aos postos em que estão cadastrados para receber a dose, sem necessidade da prescrição médica.
As crianças que vão receber a vacina contra a gripe pela primeira vez devem ser imunizadas em duas etapas. A segunda dose deve ser aplicada um mês após a primeira.
Aqueles que não fazem parte dos grupos de risco podem procurar clínicas privadas para tomar a vacina, que custa cerca de R$ 80 na região da Grande Florianópolis.
Categorias de risco clínico
Doença respiratória crônica
Doença cardíaca crônica
Doença renal crônica
Doença hepática crônica
Doença neurológica crônica
Diabetes
Pacientes imunodeprimidos
Obesos grau III
Transplantados
Portadores de trissomias (Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter, Síndrome de Wakany, dentre outras)
Contraindicações
A vacina não é recomendada para pessoas com alergia ao ovo, assim como as que já tiveram reação anafilática ou alérgica a doses anteriores.
Sintomas
A gripe é uma doença grave causada pelo vírus Influenza, que pode sobreviver por minutos no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos. Os sintomas iniciais são febre alta, dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante, e persiste por cerca de três dias.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza
São casos de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, sem outra causa específica. São causados pelos vírus Influenza A ou B.
Prevenção
Lave e higienize as mãos com frequência, principalmente antes de consumir qualquer alimento
Ao tossir ou espirrar, proteja o rosto com um lenço ou o antebraço
Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca
Higienize as mãos após tossir ou espirrar
Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
Mantenha os ambientes bem ventilados
Evite contato próximo a pessoas que apresentem sintomas de gripe
Ao apresentar sintomas de gripe, a pessoa deve:
Procurar imediatamente um serviço de saúde a fim de buscar tratamento adequado
Após o início do tratamento, deve-se evitar sair de casa no período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas)
Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados
Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos
(com informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina - Dive)
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