Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina Agência AL

Facebook Flickr Twitter Youtube Instagram

Pesquisar

+ Filtros de busca

 

Cadastro

Mantenha-se informado. Faça aqui o seu cadastro.

Whatsapp

Cadastre-se para receber notícias da Assembleia Legislativa no seu celular.

Aumentar Fonte / Diminuir Fonte
12/03/2014 - 13h41min

Brasil e União Europeia: cenários distintos na produção de biogás

Imprimir Enviar
Grigor Stoyanov apresentou a experiência da Bulgária e da União Europeia na gestão dos resíduos sólidos. FOTO: Solon Soares/Agência AL

Enquanto a União Europeia apresenta avanços e resultados consideráveis na gestão de resíduos sólidos para o reaproveitamento e produção de biogás, o Brasil ainda engatinha neste setor. O tema foi abordado na manhã desta quarta-feira (12) durante a primeira sessão técnica do Workshop Internacional de Redução das Emissões de Metano realizado na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, reunindo estudantes, técnicos e especialistas de várias partes do país e do mundo.

Entre as principais vantagens ambientais no uso do biogás estão a mitigação do efeito estufa, o aproveitamento do lixo e a coprodução de fertilizantes para as lavouras. Já como fonte energética é renovável e versátil, e pode ser armazenável para os horários de pico. Por isso, a importância da gestão dos resíduos, efluentes e compostos agrícolas para a produção do biogás.

Na União Europeia, há um acordo entre os países membros que devem cumprir metas para a reciclagem do lixo, gestão eficiente dos resíduos e a produção do biogás. Segundo Grigor Stoyanov, diretor de Gestão de Resíduos e Proteção do Solo do Ministério do Meio Ambiente e da Água da Bulgária, entre as metas do bloco está a gestão de 65% dos resíduos biodegradáveis até 2020.

“Sem a separação do lixo é impossível que se tenha uma gestão eficaz e o reaproveitamento”, disse Stoyanov. Para isso, houve um novo marco na legislação europeia. Há o agrupamento de pequenas cidades para o cumprimento de metas e projetos específicos para cidades isoladas, tanto na Bulgária, como em outros países europeus.

Na União Europeia, há ainda diferentes diretrizes para embalagens, reciclagem de equipamentos eletrônicos e estratégias de marketing e envolvimento das pessoas. Grigor Stoyanov disse que o início do processo é difícil para todos. Logo, a utilização de sistemas naturais de compostagem pode ser a solução em países que desejam implantar o sistema em grande escala, como o Brasil.

Poucos investimentos no Brasil
Aqui, o governo federal firmou parceria com a Alemanha para o projetoProbiogás,de fomento ao aproveitamento energético de biogás no Brasil. O diretor de Articulação da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco, apresentou a proposta, em fase de planejamento das ações e capacitações.

“Teremos ações para o reaproveitamento de resíduos, efluentes e compostos agrícolas. A produção desta energia é cara porém pode ser decisiva para o Brasil, já que dependemos de condições climáticas”, ponderou Ciríaco, que lamentou ainda o pouco investimento do país na produção de biogás.

“Há R$ 100 bilhões de investimento contratados em saneamento básico. Mas posso dizer que temos apenas um ou dois projetos que tratam do aproveitamento biogás. Estamos apenas iniciando nessa área”, disse.

Discussões Técnicas
A sessão técnica sobre resíduos sólidos segue na tarde desta quarta-feira no Workshop, que vai até quinta-feira no Auditório Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa. O evento é promovido pela Fatma e pela Global Methane Initiative (GMI), em parceria com a Assembleia Legislativa, Epagri e UFSC. A programação completa pode ser acessada aqui.

Rony Ramos
Rádio AL

Voltar