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16/12/2013 - 17h51min

Beneficiários de condomínios populares reclamam de problemas e cobram solução da Caixa

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Audiência Pública: Minha Casa Minha Vida. Lucas Gabriel Diniz/Agência AL

Ao realizar o sonho da casa própria, milhares de famílias em Santa Catarina vêm enfrentando diversos problemas após receberem as chaves dos imóveis adquiridos através de programas do governo federal, como Minha Casa Minha Vida e P.A.R. (Programa de Arrendamento Residencial). Rachaduras, infiltrações e tubulações de esgotos e rede elétricas mal feitas têm tirado o sono dos mutuários que cobram da Caixa Econômica Federal uma posição efetiva junto às construtoras para que consertem os imóveis, que em menos de três anos de uso apresentam problemas estruturais.

“É um sonho que virou pesadelo”, resumiu Iara Raizer, vice-presidente no P.A.R. Amor&Vila de Blumenau, no Vale do Itajaí. “É um problema que não é só daqui, mas ocorre no país inteiro. São erros gravíssimos de construção”, denunciou Iara durante audiência pública sobre o tema, realizada na tarde desta segunda-feira (16), no Palácio Barriga Verde em Florianópolis, pela Comissão de Proteção Civil da Assembleia Legislativa.

O superintendente da Caixa Econômica Federal no Vale do Itajaí, Renato Scalabrin, disse que a instituição conhece os problemas e vem buscando alternativas em favor dos beneficiários, como o programa De olho na qualidade. “A Caixa quer deixar claro que está do lado dos mutuários”, afirmou Scalabrin. Um canal de comunicação foi criado para que as reclamações e denúncias de irregularidade sejam feitas.

“Já temos 287 ocorrências tratadas pela Caixa. Destas, 145 foram concluídas. Estamos fazendo a visita para verificarmos se é um vício de construção ou se é problema de manutenção”, explicou Scalabrin. Em caso de problemas estruturais, conforme disse o superintendente da Caixa, são feitos os reparos. Os custos são cobrados judicialmente das construtoras.

Para denúncias, o morador pode ligar para o número 0800-721-6268. O deputado Jean Kuhlmann (PSD), presidente da Comissão de Proteção Civil, ressaltou que é preciso verificar em loco os problemas relatados. “Vamos cobrar da Caixa essa postura. Os vícios de construção são os principais problemas enfrentados pelos moradores. É preciso verificar de perto para que se busquem as soluções”, observou Jean.

Em Santa Catarina, segundo a Caixa, são 10.276 famílias beneficiárias do Minha Casa Minha Vida, com renda até R$ 1.600, classificadas como habitação de interesse social, em mais de 50 empreendimentos. Síndicos de condomínios de várias regiões do estado marcaram presença na audiência pública e relataram os principais problemas enfrentados.

Como respostas os moradores têm ouvido que esses problemas são consequência da falta de manutenção ou mau uso dos apartamentos. “Onde estava a Caixa Econômica quando construíram nossos condomínios? Agora precisamos de respostas e soluções. É só isso que estamos pedindo”, cobrou Gustavo Costa, representante do condomínio Aristorides Machado de Melo, em Lages.

Segurando cartazes com palavras de ordem, os moradores pediram a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para a investigação dos contratos da Caixa Econômica Federal com as construtoras licitadas. Os moradores ainda entregaram uma série de perguntas a serem respondidas pela Caixa por meio da Comissão de Proteção Civil da Assembleia Legislativa.

Também participaram da audiência pública o deputado federal Décio Lima (PT), o procurador da república João Brandão e a coordenadora dos programas Minha Casa Minha Vida e P.A.R. em Santa Catarina, Adriana Tavares Pereira Pires.

Rony Ramos
Rádio AL

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