Bancada do Oeste debaterá recolhimento de carcaças de animais em novembro
FOTO: Rodolfo Espínola/Agência AL
Após a normatização, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do processo de recolhimento, processamento e destinação de carcaças de animais mortos, serão promovidas no dia 8 de novembro, na região de Concórdia e no Extremo-Oeste, em locais ainda a serem confirmados, duas reuniões com empresas, administrações municipais e agroindústria para que a atividade seja retomada. Os encontros atendem a uma reivindicação dos deputados que integram a Bancada do Oeste.
A expectativa é que com a regulamentação, produtos gerados no processo de transformação possam ser comercializados e exportados e os insumos utilizados na indústria química, energética, de adubo, biodiesel, higiene e limpeza.
O deputado Mauro de Nadal (MDB), autor da Lei 16.750/2015, que estabelecia regras para a retirada e destinação adequada das carcaças em Santa Catarina, enfatizou que a normatização atende uma reivindicação dos agricultores e que o projeto é uma referência para o país. Ele explicou que com a normatização foram estabelecidas as regras que darão condições para que o projeto piloto, o Recolha, volte a funcionar. “Com a sensibilidade do governo federal, atendendo essa reivindicação da bancada do Oeste e dos agricultores, acredito que o projeto poderá ser retomado o mais breve possível. Nestas duas reuniões vamos motivar as empresas e as administrações municipais a retomarem com o serviço, que além de beneficiar todo o meio ambiente, atenderá as agroindústrias catarinenses, que indiretamente são as mais beneficiadas neste cenário.”
Nadal lamentou a exclusão da comercialização da farinha para ração, que atenderia toda cadeia PET, mas acredita que foi dado um passo importante na defesa do meio ambiente e que possibilitará o recolhimento de carcaças de animais, que tem um volume estimado de 700 mil toneladas por ano de bovinos de corte, aves e suínos mortos nas propriedades rurais de Santa Catarina, dos quais pelo menos 80% estão no Oeste catarinense. O deputado também espera contar com maior participação da Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural no desenvolvimento do programa.
Segundo o parlamentar, os animais, que antes da entrada em vigor da lei eram enterrados nas próprias propriedades, gerando riscos de combinação dos rebanhos e ao meio ambiente, estavam sendo recolhidos e enviados para uma empresa de Seara, onde eram transformados em farinha e biodiesel. “Era um projeto piloto, autorizado pelo governo federal, que agora será reativado. Sabemos da importância para a cadeia produtiva, sabemos da importância para os nossos municípios e para o meio ambiente.”