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22/07/2013 - 12h44min

Balneário Arroio do Silva inaugura Casa e Museu do Pescador

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Inauguração da Casa do Pescador e Museu do Pescador. Foto: Miriam Zomer

Balneário Arroio do Silva inaugurou na tarde gelada desta sexta-feira (19) a Casa e o Museu do Pescador. A Casa será a sede da Colônia Z-24 e o Museu abrigará redes, boias, objetos e artefatos utilizados na pesca, bem como ossos, dentes, carapaças e animais marinhos, recolhidos pelos pescadores ao longo do tempo.

Segundo Eneval Caetano, presidente da Colônia Z-24, cerca de 800 pescadores estão regularmente cadastrados, oriundos dos municípios de Balneário Arroio do Silva, Araranguá, Turvo, Meleiro, Jacinto Machado, Maracajá. “Muito deles moram longe do mar”, observou Eneval.

Prestigiaram a inauguração o deputado licenciado Darci de Matos (PSD), que doou os recursos para a aquisição do mobiliário, o prefeito local, Evandro Scaini, e representantes da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, vereadores e pescadores de Balneário Arroio do Silva, Araranguá e Passo de Torres.

Tempos difíceis
Eneval descreveu para a Agência AL um quadro complicado. “Este ano os pescadores artesanais levaram um ferro danado dos órgãos ambientais. Não podem pescar rede de cabo e de âncora, querem que pesque de calão, igual pescador de beira da praia”, informou, acrescentando que 2013 está sendo muito ruim para os pescadores. “Não pegamos uma tainha”, lamentou o presidente da Colônia.

Tradicionalmente, os pescadores de Balneário Arroio do Silva pescam cerca de 250 metros mar adentro. Eneval afirmou que aqueles que não respeitam os regulamentos do Ibama são multados e têm o material apreendido. “Se pegarem dão multa e levam o material. É só cair a rede na água que tem um desgraçado que vai lá e denuncia”, garantiu o presidente.

De acordo com Eneval, nenhum pescador consegue viver só da pesca. “É uma complementação de renda, ajuda muito. Ele pega cinco ou dez quilos e vende na praia mesmo ou para os restaurantes”. O presidente ainda revelou que cerca de 40 mulheres dedicam-se a catar marisco nas praias imensas entre a foz do Araranguá e o rio Mampituba. “Catam mariscos brancos grandes e maçambeques pequenininhos, cavando com as mãos a areia da praia”, explicou Eneval.

Pescando de curriqueira
Fabrizio Berti tem 44 anos e pesca há 30 de curriqueira, uma rede menor, com malha de sete, oito ou nove centímetros e cerca de 50 metros de cumprimento por dois de altura. Berti leva a rede no ombro e entra no mar com pés de pato e à medida que avança vai soltando a rede.

“O vento nordeste é bom para curriqueira. Com vento sul lavando o combro a gente não sai para o mar. Começo de manhãzinha e só volto para casa de noite. Pesco próximo da foz do Araranguá, porque na boca da barra é proibido. Cheguei a pegar 25 tainhas ovadas”, relatou Berti, que já foi pintor, mas agora vive apenas do peixe. Nas suas investidas mar adentro pega papa-terra, anchova, pampo, pescadinha, tainha e até camarão.

Vítor Santos
Agência AL

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