07/10/2009 - 18h33min
Balanço do Dia
As sucessivas catástrofes climáticas que têm gerado grande impacto na vida dos catarinenses tiveram destaque durante a sessão ordinária de hoje (7), na Assembleia Legislativa. O líder do PMDB na Casa, deputado Antônio Aguiar, informou que o governo prepara uma série de iniciativas que visam preparar o estado para futuros problemas climáticos.
O parlamentar anunciou que o Executivo instituiu, esta semana, o Fórum Catarinense das Mudanças Climáticas Globais. “O objetivo é envolver representações de todos os níveis de governo, instituições de pesquisa e órgãos ambientais com a finalidade de criar uma política mais efetiva de controle de emissão de gases com influência sobre o efeito estufa e avanços em ações preventivas.”
Segundo Aguiar, “há registros que apontam para uma realidade preocupante, em que Santa Catarina aparece como segunda região mundial com maior incidência de tornados, aos quais se somam tempestades de granizo, enxurradas, furacões e prolongadas estiagens”. Preocupado, o líder peemedebista enfatizou que estes “são motivos mais que suficientes para que a administração pública atente à necessidade de se estudar suas causas para buscar a prevenção possível em defesa da população, do meio ambiente e da economia”.
Na esteira da criação do Fórum, o deputado comunicou que o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) vai encaminhar ao Legislativo projeto de lei que pretende criar uma estrutura administrativa de gerenciamento das ações preventivas. O Instituto de Meteorologia de Santa Catarina, que pode chamar-se Climesc, deve ser uma fonte de auxílio ao Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram), hoje ligado à Epagri. A proposição idealiza um centro de excelência na área de meteorologia.
O líder do PMDB acredita que o Parlamento necessita aprofundar estudos e mostrar agilidade na apreciação da matéria. “Precisamos garantir a aprovação deste suporte gerencial necessário para que o Executivo possa, com eficiência e eficácia, avançar nas ações para o controle e preservação ambiental, garantindo maior segurança e o desenvolvimento sustentável que é fundamental para os catarinenses”, concluiu.
Segurança Pública
O pronunciamento do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB) na tarde de ontem, quando criticou de forma direta a distribuição de veículos da Secretaria de Estado de Segurança Pública aos municípios, teve reflexo na sessão desta tarde. Peninha questionou, veementemente, o que chamou de “distribuição sem critério de viaturas policiais”.
O deputado Jailson Lima (PT), que ontem já havia recriminado a situação dos veículos que atendem o Alto Vale, voltou à tribuna para enfatizar o destaque que o posicionamento do colega recebeu na mídia catarinense. O petista salientou que há algum tempo já vinha chamando atenção para a condição das viaturas, mas entendeu que a crítica, partindo de um membro da base governista, recebeu maior eco.
O tema segurança pública, ao longo da sessão, ganhou novos contornos através das declarações do deputado Joares Ponticelli (PP). Ele ocupou o espaço destinado ao seu partido para trazer à baila a situação salarial dos delegados da Polícia Civil catarinense.
Tendo em mãos uma camiseta com os dizeres “delegados da Polícia Civil de Santa Catarina recebem os menores salários da categoria no país” e que, segundo ele, “é o novo uniforme dos policiais”, o progressista criticou o fato de não haver aumento há 11 anos para estes profissionais.
“É absurdo um delegado de polícia, com 20 anos de serviço, ganhar menos de 10 salários mínimos. O Distrito Federal lançou concurso para o cargo oferecendo vencimentos de R$ 13 mil. Temos a pior remuneração para delegado do Brasil”, ressaltou. Ainda conforme o discurso de Ponticelli, “os descaminhos da segurança pública são um reflexo de se colocar um comando político na secretaria, o que consequentemente descentraliza a violência em toda Santa Catarina”. (Rodrigo Viegas/Divulgação Alesc)