14/05/2009 - 13h13min
Balanço do Dia
A realização, entre os dias 14 e 17 de maio, do Fórum Mundial do World Travel & Tourism Council (WTTC), foi tema recorrente durante a sessão ordinária da manhã de hoje (14) na Assembleia Legislativa. O encontro deve reunir cerca de 700 participantes de áreas ligadas ao turismo, como acadêmicos, empresários do setor imobiliário, de lazer, de alimentação e de transportes. As atividades acontecerão no novo Centro de Convenções do Costão do Santinho Resort & SPA.
O líder do PSDB no Legislativo, deputado Serafim Venzon, destacou o trabalho em conjunto de diversas secretarias de Estado, “orquestradas pelo governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB)”, para viabilizar um evento deste porte. O parlamentar elogiou o fato de Santa Catarina, em meio à crise mundial, receber investidores e ser a vitrine do turismo internacional.
Também elogiando a “decisiva participação do governador” para a concretização do evento, o líder do governo no Parlamento, deputado Elizeu Mattos (PMDB), salientou que “a partir de hoje, Florianópolis e Santa Catarina estão sendo apresentados para o mundo”.
Na mesma direção, o deputado José Natal (PSDB) salientou as benesses que poderão vir como consequências da realização do WTTC, como projetos de alto padrão que incluem marinas, resorts e complexos imobiliários. O tucano lembrou que ao mesmo tempo também se realiza na Capital, no CentroSul, o Festival de Integração Multicultural Catarinense (FIMC) e elogiou a iniciativa do presidente da Casa, deputado Jorginho Mello (PSDB), que viabilizou a participação da Assembleia. A FIMC vai apresentar Santa Catarina e aproximar o público de toda a diversidade e riqueza do estado.
Já o deputado Cesar Souza Júnior, líder dos democratas, além de elogiar o WTTC, manifestou sua contrariedade com a possibilidade de, ao mesmo tempo em que se realiza o fórum, a Capital sofrer com a ameaça de uma greve do transporte urbano. Apesar de concordar com algumas reivindicações da categoria, o democrata se mostrou receoso que, em meio à importante evento, Florianópolis fique sem este imprescindível atendimento.
Quem também se manifestou sobre o WTTC foi a bancada de oposição. O deputado Décio Góes (PT) concordou com a importância do evento, mas enfatizou que “é fundamental aproveitar o momento para trabalhar a efetivação de projetos e soluções que vão preparar o estado para oferecer um turismo qualificado”.
Preocupado com a falta de sincronia em alguns aspectos referentes à organização do fórum, o deputado Joares Ponticelli (PP), apesar de admitir a importância de se trazer uma proposta deste tipo para o estado, citou como uma de suas preocupações os custos do evento. Segundo ele, “alguns levantamentos indicam que foram gastos aproximadamente R$ 20 milhões na organização, sendo que mesmo assim a cidade permanece com infraestrutura debilitada, com asfaltos remendados e com a eminente possibilidade de uma greve do transporte coletivo”.
Regionais
Ao elogiar a atuação da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque, o deputado Serafim Venzon trouxe um debate sobre a eficiência das regionais e do processo de descentralização do governo Luiz Henrique. Venzon elogiava os recursos da ordem de R$ 140 milhões que nos últimos seis anos aportaram na secretaria, e que viabilizaram a realização de inúmeros projetos naquela região catarinense, quando foi aparteado pelo colega de partido, Nilson Gonçalves. O tucano se disse reticente com algumas SDRs que, segundo ele, “não justificam sua existência”. “Algumas secretarias têm uma atuação absurda e acho que, no mínimo, 13 delas poderiam ser extintas.”
Aproveitando a crítica por parte de um membro da base do governo, o deputado Ponticelli rotulou a estrutura das regionais como “máquina eleitoreira” e classificou como “palanques para os governistas utilizarem na campanha de 2010”.
Em contrapartida, o deputado Moacir Sopelsa (PMDB) enalteceu o projeto das SDRs, “a base da descentralização”. “Ninguém pode negar que este formato tem levado desenvolvimento para diversos municípios e aproximado o Executivo da população.” Citou como exemplo os acessos asfaltados: “Antes do governo Luiz Henrique eram 55 cidades catarinenses sem acesso. Até 2010 todos os municípios do estado terão acesso com pavimentação”. Sopelsa ainda destacou que as críticas à eficiência de algumas secretarias não podem ser direcionadas ao governador e disse que “assim que forem identificadas as deficiências, elas serão corrigidas”.
Estiagem
O deputado Padre Pedro Baldissera (PT) voltou a abordar a estiagem que abate o Oeste do estado e castiga 126 municípios catarinenses que já decretaram situação de emergência. “A chuva começou a ocorrer, mas as lavouras estão danificadas, as plantações de soja e milho estão comprometidas e a situação dos agricultores está longe de uma solução”, afirmou o petista.
Baldissera disse que os agricultores estão mobilizados e dialogando com o secretário de Estado da Agricultura, Antônio Ceron, e outros setores do governo, mas lembrou que a chegada do inverno pode trazer ainda mais dificuldades para a região. Uma das sugestões do parlamentar para diminuir o impacto da situação climática é a bolsa estiagem, “que teria recursos de 70% do governo federal e 30% do governo estadual”.
O deputado Sopelsa também demonstrou preocupação com a seca, mas lembrou que algumas atitudes estão sendo tomadas pelo Executivo para diminuir o problema. Citou o envio de um projeto de lei à Assembleia pedindo a isenção para os produtores que moram em municípios que decretaram situação de emergência, o auxílio na taxa de licenciamento para perfuração de poços e a liberação de recursos para as SDRs desenvolverem ações emergenciais. (Rodrigo Viegas/Divulgação Alesc)