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25/06/2015 - 11h30min

Aumenta a participação de empresárias no movimento associativista em SC

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Vanilsa Oliveira diz que associativismo é uma base para o crescimento pessoal e profissional da empresária. FOTOS: Fábio Queiroz/Agência AL

A participação de mulheres no associativismo empresarial se fortalece em Santa Catarina. De acordo com dados do Conselho Estadual da Mulher Empresária (Ceme), o número de núcleos instalados nos municípios passou de 46 em 2014 para 51 neste ano. A criação de unidades em Biguaçu, Trombudo Central, Agrolândia, Correia Pinto e Braço do Norte representou o envolvimento de mais 172 participantes no movimento associativista catarinense. Hoje há 892 empresárias vinculadas aos núcleos distribuídos por todas as regiões do estado.

Os Núcleos da Mulher Empresária (Numes) têm como objetivo incentivar o empreendedorismo feminino. São vinculados à Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e contam com a orientação do Ceme para a realização de diversas atividades, como capacitações, eventos e treinamentos. Além de promoverem o desenvolvimento do potencial da mulher de negócios, atuam na formação de lideranças femininas.

A metodologia aplicada é a do Programa Empreender, uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). "Veio da Alemanha em 1991 e foi estruturada para a realidade brasileira. Através da organização dos núcleos, com o apoio da federação, temos toda uma estrutura de capacitação", disse a diretora do Ceme, Vanilsa Oliveira. "É um suporte para a empresária catarinense poder se posicionar no mercado e ser reconhecida pelo trabalho que desenvolve", ressaltou.

Na opinião da dirigente, o associativismo é uma base para o crescimento pessoal e profissional das participantes. "É muito produtiva essa troca de experiências, amplia a rede de relacionamentos. Também promove um aprendizado que não encontramos em estudos científicos, mas sim na vivência do dia a dia. Compartilhar conhecimentos faz a gente crescer. Queremos fazer a diferença e contribuir para uma sociedade melhor."

Desafios
A proposta do conselho é expandir a atuação dos Núcleos da Mulher Empresária pelo estado. "A probabilidade de crescimento é grande. As mulheres devem usufruir mais desse espaço. É preciso ter atitude para empreender", ressaltou Vanilsa.

Para fazer parte de um núcleo, a interessada deve procurar a associação empresarial da sua cidade. Basta se associar e frequentar as reuniões. Também podem participar dos Numes as profissionais liberais, líderes de empresas e empreendedoras.

O Ceme também organiza, em parceria com a Assembleia Legislativa, a primeira edição do evento comemorativo ao Dia Estadual da Mulher Empresária. A expectativa é reunir um público de 600 pessoas no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis, em 17 de agosto. A programação inclui palestras e apresentação de cases de sucesso.

Outra ação do conselho prevista para este ano é a elaboração de uma pesquisa sobre o perfil da mulher empresária em Santa Catarina. O estudo contará com a colaboração do Sebrae.

Exemplos
Os Numes contam com a participação de empreendedoras que atuam nos mais diversos segmentos, como Kátia Cilene Tavares, proprietária de um escritório contábil em São José, e Carline Forell, dona de duas lojas de produtos femininos, uma localizada em Florianópolis e a outra em São José.

Kátia resolveu abrir o próprio negócio em parceria com uma sócia quando tinham apenas um cliente, em janeiro de 2001. "Foi muito desafiador. Minha rescisão nos manteve durante seis meses. Depois fomos montando a carteira de clientes. A sociedade foi desfeita. Mais tarde fiz outra, que também não deu certo. Decidi caminhar sozinha. Hoje tenho mais de 70 clientes e cinco funcionários."

Na época da abertura do escritório, era técnica em contabilidade. A graduação no ensino superior foi concluída em 2008. "Fui fazer faculdade já casada, com três filhos e o escritório funcionando. Foi só o canudo, porque experiência na área eu já tinha bastante", contou.

Além de comandar o escritório de contabilidade, Kátia preside o Conselho Fiscal da Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis (Aemflo) e é delegada do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina em São José. 

Para ela, que se considera realizada profissionalmente, a receita do sucesso inclui perseverança. "A mulher está aí para empreender, para trazer a sensibilidade feminina para o negócio. Obstáculos sempre vão existir. Eles servem para que possamos nos superar. Comecei e recomecei diversas vezes. A meta da minha vida é perseverar e nunca desistir."

A abertura da loja "Scarpa di Donna", em 2012, foi a concretização de um sonho de infância para Carline. A empresária já era sócia em um escritório de advocacia desde 2008, mantido em parceria com o marido. "Atuei como advogada até o ano passado, quando abri a segunda loja. Resolvi focar no novo negócio."

A empresária viu, na mudança de ramo de atividade, uma oportunidade de realização pessoal e profissional . "Sempre me identifiquei com a área da moda, principalmente com calçados. São minha grande paixão." Natural de Novo Hamburgo (RS), conhecida como a capital nacional do calçado, Carline enfatiza que a sua família sempre teve um vínculo com o setor. "Minha bisavó e meu bisavô tiveram uma fábrica de calçados no Rio Grande do Sul."

O empreendedorismo, segundo ela, está no sangue. "Todas as mulheres da família foram empreendedoras, desde a minha bisavó. Minha avó teve um salão de beleza e a minha mãe comanda um negócio na área da educação há 33 anos."

A conquista mais recente da empresária foi o lançamento da primeira coleção de sapatos da marca própria. Ela fez questão de participar de todas as etapas do processo de criação dos produtos. "Deu um frio na barriga, mas estou muito contente com a aceitação. Desafios existiram e vão existir. O diferencial para se destacar é buscar melhorias, não ficar estagnado, se adequar às necessidades dos clientes e do mercado."

Com essa proposta, Carline pretende se capacitar na área. "Quero fazer uma graduação focada em moda." O próximo desafio da empresária é ampliar a coleção da marca própria, com bolsas e outros produtos. "Ainda tem muito para crescer."

Ludmilla Gadotti
Rádio AL

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