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04/07/2013 - 17h30min

Audiências públicas vão debater a situação das ferrovias do Planalto Norte

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Tractebel - Usina Jorge Lacerda. Foto: Miriam Zomer

O aproveitamento da Ferrovia do Contestado como parte da futura ligação entre o Oeste e o porto de São Francisco do Sul será tema de duas audiências públicas da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa nesta sexta-feira (5). A primeira delas está marcada para as 10h na Câmara Municipal de Canoinhas e a segunda para as 17h, no auditório do campus da Universidade do Contestado (UNC) de Mafra. O objetivo é discutir formas para interligar as ferrovias e reduzir o custo do transporte de insumos e produtos das agroindústrias.

Antes mesmo das audiências públicas, a concessionária América Latina Logística (ALL) anunciou a intenção de recuperar os trechos de Mafra a Porto União e o restante do percurso catarinense da Ferrovia do Contestado, de Porto União a Passo Fundo, até o final de 2016. O compromisso foi assumido pela gerente de relações institucionais e patrimônio, Renata Trevisan, que procurou o deputado Antonio Aguiar (PMDB) para prestar esclarecimentos sobre o plano de recuperação de ramais desenvolvidos pela empresa.

A representante da ALL assegurou que o trecho Porto União a Passo Fundo, incluindo o percurso pelo meio-oeste catarinense até Piratuba, deve ser recuperado a partir de janeiro do próximo ano. Já o percurso desde Mafra até Porto União terá obras de recuperação a partir de 2015. São compromissos assumidos com o Governo Federal, por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), relacionados ao contrato de concessão da malha ferroviária. A ALL é responsável por mais de 13 mil quilômetros da malha ferroviária e vem recebendo críticas de abandono da Ferrovia do Contestado: “Chegaram a retirar trilhos bons do trecho entre Mafra e Porto União, está tudo documentado”, disse o deputado à representante da empresa. “Desmancharam vagões, o patrimônio está abandonado”, criticou Aguiar.

A ALL alega que a ferrovia é antiga e tem capacidade limitada para o transporte de carga. “A vocação ideal seria turística”, disse Renata Trevisan. Aguiar, no entanto, acha que o ramal ainda pode ter destino econômico, e sugere a revisão da bitola de trilhos e reforço do berço da ferrovia. Ele defende a integração do ramal ao projeto da ferrovia Leste-Oeste, ou “Ferrovia do Frango”, ainda em projeto. Mas a representante da ALL pondera que aquele é um projeto de outra concessionária, a EPL, e que haverá dificuldade de integrar uma ferrovia moderna com outra antiga.

 

Gutieres Baron com informações de Evory Pedro Schmitt
Sala de Imprensa - Assembleia Legislativa de Santa Catarina
(48) 3221.2620

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