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23/10/2017 - 15h56min

Audiência debate uso de aparelhos móveis para fins pedagógicos na sala de aula

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Foi realizada na tarde desta segunda-feira (23), no Auditório Deputada Antonieta de Barros, uma audiência pública para debater o Projeto de Lei (PL) número 0198/2016, que altera a Lei 14.363, de janeiro de 2008, que institui a proibição do uso de celulares dentro das salas de aula de escolas públicas e privadas de Santa Catarina.

O PL, que está em análise na Comissão de Educação, Cultura e Desporto, tem por objetivo revogar a proibição e permitir o uso dos dispositivos móveis exclusivamente para fins pedagógicos.

Estiveram presentes na audiência o deputado Antônio Aguiar (PMDB), autor do PL, Rodrigo Minotto (PDT), relator do projeto, Felipe Xavier de Oliveira, representando o secretário estadual de educação Eduardo Deschamps, Maurício Pereira, secretário municipal de educação de Florianópolis, e demais membros da classe educacional, entre diretores, professores e alunos da rede pública e privada.

O PL prevê que o uso dos aparelhos móveis, dentro de salas de aula, seja permitido exclusivamente para o desenvolvimento de atividades didático pedagógicas devidamente autorizadas pelos professores.

“Temos que aperfeiçoar as leis. Essa lei foi criada há nove anos, quando o celular servia só pra tirar a atenção do aluno. Com a evolução da informática, temos que inserir a tecnologia para o beneficio do aluno, mas essa informação tem que ser de maneira responsável, feita pelos professores, tendo limites”, frisou o deputado Antonio Aguiar.

Para Louisa Carla Farina Schöter, professora e coordenadora no Colégio Catarinense, o maior desafio está no controle do uso: “É inegável o uso do celular, já faz parte do dia-a-dia da sociedade, mas temos que pensar no uso ético desses dispositivos, como controlar para que essa tecnologia seja usada de forma didática”.

O secretário municipal de Educação de Florianópolis, Maurício Pereira, lembrou sobre a questão de capacitação dos educadores: “Temos de incentivar a tecnologia como ferramenta de ensino, trazer como uso de fins pedagógicos. Mas temos que pensar também sobre a capacitação dos professores que vão fazer o controle desse uso. Os professores tem que procurar se adequar à essa nova realidade”, disse.

Com a alteração sendo aprovada na Comissão de Educação, o projeto ainda terá de passar pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público antes de ir à votação no Plenário. “Atualmente existe uma lei que proíbe o uso, mas vivemos em um mundo moderno, as tecnologias estão aí, então queremos discutir e buscar um caminho bom para todos para que possamos ter uma definição. É claro que há controvérsias, mas isso que é interessante, buscar da sociedade essa informação para que o nosso relatório possa ser o melhor possível de interesse da coletividade”, frisou o deputado Minotto.

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