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11/11/2009 - 12h45min

Audiência pública debate mudança das instalações da cavalaria e do canil da Polícia Militar

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Audiência Pública - Comissão de Segurança Pública
A iniciativa do governo do Estado e da prefeitura de São José, de mudar as instalações da cavalaria e do canil da Polícia Militar de Barreiros para um terreno no bairro de Potecas, em São José, foi debatida ontem (10) em audiência pública da Comissão de Segurança Pública, a pedido do vice-presidente, deputado Sargento Amauri Soares (PDT). O objetivo da reunião foi debater e propor soluções para a mudança, já que a comunidade de Potecas desconhece o projeto. Outra questão levantada na reunião foi a instalação de um Centro de Triagem no mesmo terreno. A proposta está prevista no Projeto de Lei nº 43/09, de autoria do Executivo municipal que, além do centro de triagem com 300 vagas, prevê a mudança do Centro Educacional São Lucas, hoje também em Barreiros, do canil e da cavalaria para o local. Segundo o deputado Soares, o projeto condiciona a troca do terreno. “A prefeitura doará o terreno em Potecas se em troca ficar com o terreno onde atualmente está instalada a cavalaria. Qual a motivo dessa troca? Quais são as intenções do prefeito? Sem contar que ainda há a possibilidade da instalação do batalhão do BOPE no local”, disse. Ao final da audiência, os presentes acordaram em encaminhar ofício às autoridades convidadas, e que não compareceram, com o relatório do que foi debatido no encontro, questionando a existência de um projeto de construção de presídio na comunidade de Potecas, a necessidade de permuta e qual a destinação do terreno de Potecas com as instalações da cavalaria e do canil da PM. Também ficou marcada a realização de audiência pública sobre o assunto na comunidade de Potecas, no dia 8 de dezembro, às 20 horas, no salão da igreja da comunidade. Opiniões O deputado José Natal Pereira (PSDB), que é de São José, criticou a ausência de representantes dos governos estadual e municipal, já que muitas dúvidas precisam ser esclarecidas. “A nova administração já vai começar com um pepino enorme, que é a instalação de um centro de triagem. Mas o que me deixa mais indignado é que a comunidade não foi ouvida. O projeto tem que ser esclarecido, pois as pessoas precisam saber o que realmente irão receber.” Natal ainda afirmou que não é contra o centro de triagem se o mesmo for específico para detentos do município. “Em minha opinião, todo município deveria ter um centro de triagem para cuidar de seus detentos. Ficaria mais fácil para todos”, completou. O vereador Antônio Battisti, do PT de São José, questionou a condição do projeto e acusou a prefeitura de esconder seu teor da população. “Ninguém tem acesso ao projeto. A população não conhece. Sem contar o fato de recebermos um centro de triagem que, no meu entender, não abrigará apenas 300 detentos. Não vejo a necessidade disso para uma cidade com apenas 200 mil habitantes. Por que Florianópolis não pode ter um centro de triagem, já que tem uma população estimada em quase 500 mil habitantes? É um contra-senso”. O representante da comunidade josefense de Areias demonstrou preocupação com a mudança do local do canil e da cavalaria. “Potecas já foi penalizada com a Lagoa de Estabilização da Casan e agora será novamente com um centro de triagem. Não podemos admitir. O que me deixa realmente preocupado é a falta de transparência desse processo. Ninguém sabe de nada. E o que o Estado vai oferecer em contrapartida à doação desse terreno?”, questionou. O líder comunitário de Potecas, Zulmar Kamers, ironizou o fato de a instalação do centro de triagem estar sendo prevista para o lado da Lagoa de Estabilização da Casan. “Se eles ficarem lá teremos rebeliões todos os dias. Ou, pior, voltaremos à época do nazismo, já que colocaremos nossos presos em câmaras de gás todos os dias.” Sobre o fato de retirar a cavalaria do local onde está atualmente, na beira da BR-101, Zulmar falou que é totalmente contra, pois, além de oferecer segurança ao seu redor, a cavalaria presta serviço social trabalhando na equoterapia com crianças da Fundação Catarinense de Educação Especial. “Com essa medida não estão pensando nessas crianças e no seu desenvolvimento. Levar a cavalaria para Potecas poderá acabar com um trabalho que beneficia a muitos”, finalizou. (Graziela May Pereira/Divulgação Alesc)
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