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22/06/2012 - 18h45min

Audiência pública debate direitos dos idosos em Lages

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Audiências Públicas Regionais do Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa
O Fórum Parlamentar em Defesa da Pessoa Idosa da Assembleia Legislativa, coordenado pela deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), realizou ontem (21) audiência pública regional na Câmara de Vereadores de Lages. Durante a reunião foram levantadas informações sobre as políticas públicas voltadas para a terceira idade e as necessidades para o melhor atendimento da população idosa na região. O enfrentamento da violência contra o idoso e a ampliação do atendimento médico foram os principais aspectos destacados durante a audiência. Os dados e sugestões integrarão um documento a ser elaborado pelo fórum, contendo as reivindicações que serão entregues ao Poder Executivo estadual e federal. O encontro em Lages faz parte de uma série de seis audiências públicas que teve início em Rio do Sul, no dia 18 de junho, para discutir a situação do idoso em Santa Catarina, bem como ações e projetos que garantam o envelhecimento com qualidade de vida e dignidade. O estado tem hoje cerca de 660 mil pessoas na faixa etária acima dos 60 anos. A expectativa de vida do brasileiro, que em 1940 era de 45 anos, em 2010 chegou a 73 anos, e deve ser de 80 anos em 2020. “As pesquisas do IBGE nos mostram que teremos 15% da população composta por idosos em 2020. Por isso é preciso garantir políticas públicas para garantir o envelhecimento com dignidade”, disse a deputada Dirce. A presidente do Conselho Municipal do Idoso, Zilda Terezinha Furlan Figueiredo, frisou que é necessário fazer um trabalho vigoroso para assegurar os direitos da pessoa idosa na saúde, na assistência social e em qualquer outra área. Ela disse que uma das carências no município é a oferta de vagas nas instituições de longa permanência (casas-asilares). “Sabemos que a família deve ser a principal responsável pelo idoso, mas aqueles que não possuem familiares necessitam de abrigo garantido pelo Estado.” O vereador Marcius da Silva Machado (PPS) pediu apoio da Assembleia Legislativa para reivindicar ao governo do Estado a ampliação da oferta de leitos nos hospitais, com atendimento prioritário dos idosos, assim como a ampliação do número de consultas médicas, de modo a diminuir o sofrimento das pessoas idosas nas filas do serviço de saúde. Membro do Conselho Municipal do Idoso, Zoenir Amaral também reivindicou prioridade ao atendimento dos idosos no sistema de saúde, tal como preconiza o Estatuto do Idoso. Ela sugeriu ainda que os médicos do programa Estratégia de Saúde da Família façam o atendimento nas casas-asilares, pois hoje os idosos precisam ser deslocados até uma unidade de saúde. A secretária de Assistência Social do município, Marli Barrentin Nacif, esclareceu que cada asilo deve contar com médico e enfermeiro, conforme prevê a lei, mas que disse que “há muita dificuldade para o pagamento desses profissionais, pois o repasse de recursos federais é muito baixo”. O município tem três casas-asilares, todas se mantêm com dificuldade, conforme a secretária, porque o atendimento aos idosos custa caro. A presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, Ivani Olívia Andrade, lembrou que “é no município que acontecem todos os enfrentamentos e aparecem todas as necessidades sociais, por isso há necessidade de mais apoio financeiro às ações de promoção humana e defesa dos direitos”. Campanhas A violência contra os idosos foi outro tema pautado durante a audiência. De acordo com a secretária de Assistência Social, o município registra em médias duas denúncias por dia, que são investigadas pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). “Mas a maioria dos casos nem chega a ser denunciada”, ponderou. Ela sugeriu a realização de uma campanha nacional para diminuir a violência contra os idosos e propôs ainda a criação de uma campanha de conscientização das crianças em idade escolar para que aprendam desde cedo a valorizar os idosos. (Lisandrea Costa)
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