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14/06/2012 - 18h45min

Audiência pública aponta falta de efetivo policial como principal problema em Palhoça

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Audiência Pública sobre Segurança no município de Palhoça e região
A falta de efetivo policial foi o principal problema levantado pelas autoridades presentes à audiência pública organizada pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, na noite desta quarta-feira (13), na Câmara Municipal de Palhoça. O encontro discutiu os problemas enfrentados pela segurança pública nas regionais dos municípios da Grande Florianópolis (Capital, Palhoça e São José) e da região de Laguna. Palhoça foi escolhida para sediar a audiência por apresentar índices altos de violência na comparação com outros municípios catarinenses. Só neste ano, foram registrados 21 assassinatos, número que supera a taxa de homicídios preconizada pela ONU, de 15 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Em contrapartida, a cidade, de quase 150 mil moradores, tem apenas quatro delegados, quatro escrivães, 22 agentes e 173 PMs. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D’Ávila, no município a média é de um policial civil para 2.534 habitantes, quase 25% acima do ideal. Ele informou que ainda este ano serão nomeados mais de 400 novos policiais, que já estão em formação na Academia da Polícia Civil. “Esse número não vai suprir todas as necessidades, mas serão priorizadas as regiões onde os índices de criminalidade estão maiores, como é o caso de Palhoça”, afirmou. Na Polícia Militar, a situação não é diferente. Enquanto o número ideal seria um policial para cada 250 habitantes, em Florianópolis essa proporção é de um para 669 moradores. Em Palhoça, esse número é pior: um PM para cada grupo de 742 habitantes. “Não tem como fazer policiamento dessa forma. É algo impraticável”, resumiu o coronel Fred Harry Schaufert, comandante da 11ª Região da Polícia Militar, em São José, que pediu a abertura de um canal constante de comunicação com o governo estadual para a discussão dos problemas de efetivo. As autoridades policiais concordaram também que a violência só será enfrentada com a participação de toda a população e não apenas com a resolução dos problemas de efetivo. “A segurança pública não pode ser feita sem comprometimento de toda a sociedade”, afirmou o comandante da 8ª Região da PM em Laguna, tenente-coronel James Amaral. Necessidades A deputada Dirce Heiderscheidt (PMDB), que representa a região de Palhoça no Parlamento catarinense, concordou que a falta de efetivo é um dos principais problemas enfrentados pela segurança pública. Ela também confirmou a instalação da delegacia da mulher na cidade, o que vai ocorrer ainda este ano. O deputado Maurício Eskudlark (PSD) defendeu a instalação de um segundo distrito policial em Palhoça. Já Sargento Amauri Soares (PDT) alertou também para a necessidade de se discutir as condições de trabalho e os salários dos policiais, além de se ouvir as reivindicações da população. Entre o público que acompanhou a audiência, além da falta de efetivo, outros problemas relativos à segurança pública foram abordados.O vereador Leonel José Pereira, de Palhoça, defendeu investimentos em educação e o combate ao crescimento desordenado da cidade como formas de combater a insegurança. O jornalista Diego Vieira de Souza, morador de Palhoça, sugeriu à comissão que reivindique ao governo estadual o envio para o município de um número maior de agentes temporários de segurança, que estão em fase de contratação. Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública do Estado de Santa Catarina (Sintrasp), Carlos Alberto da Silva, cobrou melhoria nos salários dos policiais. “Nosso estado tem hoje os piores salários do Brasil na área da segurança”, afirmou. Diagnóstico Segundo o deputado Gilmar Knaesel (PSDB), presidente da Comissão de Segurança Pública, todas as observações colhidas na audiência farão parte de um diagnóstico que será feito ao final dos dez encontros. “Esse raio-x da segurança pública será encaminhado às autoridades competentes para que possam ser tomadas as providências necessárias”, explicou. Palhoça sediou a quinta das dez audiências programadas pela comissão para discutir os problemas de segurança pública no estado. Nesta quinta-feira (14), será realizado o sexto encontro, em Itapema. (Marcelo Espinoza)
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