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01/12/2009 - 13h31min

Ato solene lembra os 30 anos da Novembrada

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Ato comemorativo referente ao lançamento do livro - Abaixo as Ditaduras - do autor Desembargador Lédio Rosa de Andrade.
Em ato solene realizado na noite de ontem (30), no Auditório Antonieta de Barros, a Assembleia Legislativa comemorou a passagem dos 30 anos da Novembrada com o lançamento do livro “Abaixo as ditaduras – História do Movimento Estudantil Catarinense 1974-1981”, de autoria do desembargador Lédio Rosa de Andrade. No encontro, uma proposição do deputado Jailson Lima (PT), também foi apresentado documentário com o mesmo título, dirigido por Ana Maria Lima, um registro dos acontecimentos daquele 30 de novembro de 1979. Há exatos 30 anos, estudantes catarinenses protestaram contra a visita do então presidente da República, João Figueiredo, a Santa Catarina. A indignação de Figueiredo, que saiu do Palácio Cruz e Souza para o confronto físico com os estudantes, gerou um episódio ímpar, que culminou com a prisão de alguns personagens. Ex-presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFSC e da União Catarinense dos Estudantes (UCE), o desembargador Lédio explicou que o livro e o documentário surgiram por teimosia, construídos lentamente. Ele aproveitou para agradecer o apoio do deputado Jailson e do deputado federal Décio Lima (PT-SC). “Naquele momento histórico queríamos construir uma democracia, mesmo que muitos estivessem em correntes opostas. Aquela foi uma época difícil, onde tínhamos um inimigo em comum: a ditadura”, recordou o desembargador. O autor enfatizou que a obra lançada ontem é apenas uma das muitas versões dos acontecimentos. “Organizei este trabalho, que é apenas uma das muitas versões daquele episódio, porque ainda sou um otimista da verdade e acredito ser importante que as gerações conheçam as diferentes perspectivas daqueles dias.” Proponente do encontro, o deputado Jailson lembrou que atuou no movimento estudantil catarinense e que aqueles foram seus primeiros passos na vida política. O parlamentar fez menção, inclusive, à chapa “Pé no Chão”, com a qual concorreu ao DCE, e que mais tarde teve o slogan aproveitado quando disputou a prefeitura de Rio do Sul, em 1992, defendendo a idéia “Rio do Sul com os pés no chão”. Um dos entrevistados do documentário apresentado ontem, o deputado e secretário de Estado da Segurança Pública, Ronaldo Benedet (PMDB), afirmou ser um político realizado. “Alcançamos muitas conquistas e vencemos muitos desafios naquele período. Ainda temos problemas no Brasil, herdados dos regimes totalitários, mas evoluímos a ponto de hoje termos amplas liberdades”, assinalou Benedet. Já o atual presidente da SC Parcerias e também personagem do documentário, Ivo Carminatti ressaltou que o desembargador deixa um registro das lutas pelas liberdades em Santa Catarina. “Nós, que vivemos este momento, nos encontramos novamente diante destes registros históricos”, assinalou Carminatti, referindo-se ao livro e ao documentário. O deputado federal Décio Lima, que teve atuação importante à frente dos movimentos estudantis, enfatizou que é uma ilusão imaginar que o processo está encerrado com a conquista das liberdades democráticas. “Temos uma democracia muito jovem e por isso os herdeiros deste legado precisam continuar a luta”, registrou. Para ele, “Lédio realiza um exercício de cidadania que merece agradecimento e aplauso”. Após a apresentação do documentário e dos pronunciamentos, o Parlamento entregou uma placa comemorativa ao desembargador e aos representantes do DCE, da UCE e da União Nacional dos Estudantes (UNE). Jouhanna do Carmo Henegaz, emissária da UNE no encontro, avaliou que o que se vive hoje, com os direitos que a democracia oferece, se deve àqueles que lutaram por esta realidade. “A Novembrada foi um episódio marcante na luta do povo e nós, da UNE, agradecemos aos que fizeram parte desta história e ainda hoje influenciam muitos de nós”, concluiu. Prestigiaram o ato solene desembargadores do Tribunal de Justiça, deputados estaduais, ex-militantes estudantis e representantes de personagens que fizeram parte da história da luta pelos direitos civis em Santa Catarina. (Rodrigo Viegas/Divulgação Alesc)
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