Ato parlamentar solene homenageia Instituto de Estudos de Gênero da UFSC
Ato parlamentar solene proposto pela deputada Luciane Carminatti (PT) homenageou o Instituto de Estudos de Gênero (IEG), da UFSC. A cerimônia aconteceu na noite de quarta-feira (22), no plenarinho Paulo Stuart Wright da Assembleia Legislativa.
“Obrigado às mulheres do Instituto que abriram caminhos para outras tantas mulheres, porque antes de cada uma de nós ocupar algum espaço, sempre existiram centenas de mulheres que lutaram por nós, e a luta tem de continuar”, afirmou Carminatti, que confessou sua satisfação de caminhar ao lado de “tantas lutadoras”.
A coordenadora do IEG, professora Miriam Pillar Grossi, agradeceu o gesto do Legislativo e reafirmou os objetivos do Instituto.
“Vamos celebrar e festejar o nosso mais caro espaço de resistência, o Instituto produz conhecimento em sintonia com os movimento sociais, somos pesquisadoras militantes para desvelar os mecanismos que produzem desigualdades e violências ”, explicou.
Além disso, segundo Pillar Grossi, o IEG nasceu para dar unidade e visibilidade a um conjunto extenso de pesquisas, bem como estreitar vínculos com os movimentos sociais, as ciências humanas, letras, linguística e ciências sociais aplicadas.
A professora Mara Coelho de Souza Lago, também coordenadora do IEG, lembrou a situação atual do país.
“Temos de nos envergonhar da atuação de muitos políticos que elegemos para nos representar e daqueles que as circunstâncias midiáticas nos impuseram, temos de ser feministas militantes em busca de direitos sociais inalienáveis para toda população e com respeito às diferenças”, defendeu.
Mara Lago enfatizou o genocídio das pessoas trans, lamentou que os homens negros tenham uma expectativa de vida menor que os brancos e denunciou que o feminicídio das mulheres negras aumentou 50%, enquanto o assassinato de mulheres brancas teve uma pequena redução.
“Temos de falar de todas as formas de discriminação”, ensinou Mara Lago, que encerrou sua manifestação citando a filósofa Judith Butler, que recentemente visitou o Brasil e foi “queimada em praça pública como bruxa”.
“O fim da democracia é manter acesa a esperança por uma vida comum não violenta e o compromisso com a igualdade e a liberdade, um sistema no qual a intolerância não se transforma em simples tolerância, mas é superada pela afirmação corajosa de nossas diferenças.
Homenageadas e homenageado da noite
Joana Vieira Borges
Carmem Vera Gonçalves Vieira Ramos
Cristina Scheibe Wolff
Joana Maria Pedro
Luzinete Simões Minella
Mara Coelho de Souza Lago
Tania Regina Oliveira Ramos
Miriam Pillar Grossi
Zahidé Lupinacci Muzart, in memoriam
Ana Maria Veiga
Suzana Bornéo Funck
Jair Zandoná
Clair Castilhos Coelho, representante da Casa da Mulher Catarina
Eliana de Souza Ávila, do Grupo de Estudos Pós-Coloniais e Afrolatinoamericanos
Roselaine Neckel, do Laboratório de Estudos de Gênero e História
Silvia Maria Favero Arend, do Laboratório de Relações de Gênero e Família
Carmen Silvia Rial, do Núcleo de Antropologia Audiovisual
Mirella Alves de Brito, do Núcleo de Antropologia do Contemporâneo
Regina Ingrid Bragagnolo, do Núcleo de Desenvolvimento Infantil
Teresa Kleba Lisboa, do Núcleo de Estudos e Pesquisa de Serviço Social e Relações de Gênero
Marivete Gesser, do Núcleo de Estudos sobre Deficiência e do Núcleo de Modos de Vida, Família e Ralações de Gênero
Tania Welter, do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades
Simone Pereira Schmidt, do Núcleo de Literatura Brasileira Atual
Olga Regina Zigelli Garcia, secretária de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC
Agência AL